sábado, 10 de abril de 2021

Em Windsor e Buckingham, britânicos choram pela morte do príncipe Philip

 Milhares se reuniram nas residências da monarquia para levar flores e homenagens ao marido da rainha, morto aos 99 anos



Abalados pela morte do príncipe Philip e tristes pela rainha Elizabeth II, que perdeu "seu pilar", britânicos levaram flores e palavras de conforto às residências reais de Windsor e Buckingham nesta sexta-feira. O luto pela morte do Duque de Edimburgo também "Moro na Inglaterra há 20 anos e nos sentimos próximos da família real, como todo mundo aqui", disse Karen Llewellyn, francesa casada com um galês ao colocar um buquê de tulipas em frente ao Castelo de Windsor, a cerca de 50 km de distância de Londres.

"Foi um verdadeiro choque esta manhã e sentimos grande pesar pela rainha. Essa é a parte mais difícil, na verdade, todos temos esse pensamento pela rainha que ficará sozinha sem seu pilar", declarou. Ela também lamentou que o marido de Elizabeth II tenha morrido apenas dois meses antes de seu 100º aniversário, em 10 de junho.

Entre as centenas de buquês de flores empilhados em frente aos portões do castelo, havia alguns desenhos de crianças. "Querida rainha Elizabeth, sinto muito por seu marido, o príncipe Philip", dizia um deles, cheio de corações e flores.

Há mais de um ano, o casal real vivia isolado no Castelo de Windsor devido à pandemia do coronavírus. Ali, Philip, casado com Elizabeth há mais de 70 anos, faleceu "em paz" nesta sexta-feira. Ele era "absolutamente fantástico, muito próximo das pessoas e divertido", disse Irina Blatonova, uma residente russa de 32 anos.

"Dia triste"

Em Londres, os curiosos se aglomeraram para ver o anúncio oficial da morte colocado solenemente em frente ao Palácio de Buckingham, a residência oficial da rainha na capital britânica. Alguns deixaram narcisos nos portões do palácio ou colocaram mensagens, buquês de flores ou mesmo bandeiras britânicas na calçada.

"É um dia verdadeiramente triste. Viveu uma vida incrível e rica, e é uma grande perda para sua família e sua esposa, já que eram inseparáveis", disse à AFP Sarah Allison, de 31 anos, que veio ao palácio com sua filha de quatro anos.

Foi perto desse monumento icônico que os britânicos prestaram homenagem após a morte de Diana, princesa de Gales, em 1997. A vizinha Clarence House também atraiu admiradores da monarquia quando a rainha-mãe morreu aos 101 anos em 2002. Chris Green, um servidor público de 57 anos, foi ao local assim que ouviu a notícia "para dedicar um pensamento e homenagear" Philip.

O duque de Edimburgo ficou hospitalizado por um mês devido a uma infecção e foi submetido a uma cirurgia para tratar problemas cardíacos pré-existentes antes de retornar a Windsor em 16 de março. "Com sua idade e problemas de saúde recentes, (sua morte) não foi um grande choque, mas é um daqueles momentos que vamos lembrar como um evento importante", considerou Green.

Em meio à pandemia, e quando o Reino Unido ainda não levantou a maioria das restrições de seu terceiro confinamento, a polícia patrulhou a área, lembrando as regras de distanciamento social. As restrições impostas contra a covid-19, que o país pretende abolir gradativamente em função da melhora da situação sanitária, sem dúvida explicam um público menor do que o esperado.

Apesar do contexto, "é uma honra estar aqui pelo príncipe Philip", comentou Sandra, que não quis revelar seu sobrenome. "Ele era o epítome do serviço e do compromisso com seu país", considerou ela, satisfeita por ver tantas pessoas prestando homenagem. "Ele era o patriarca de uma das famílias mais fortes do mundo", descreveu. E acrescentou: "Acho que é um momento crucial para a família real".

Milhares se reuniram nas residências da monarquia para levar flores e homenagens

AFP e Correio do Povo


Inter altera programação e dará folga para o elenco no final de semana

Nenhum comentário:

Postar um comentário