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sexta-feira, 30 de abril de 2021

DEMOCRACIA É OUTRA COISA. COISA BEM DIFERENTE!

 DEMOCRACIA LITERAL

DEMOCRACIA, como consta em todos os dicionários, sem exceção, quer dizer -PODER POPULAR-. Ora, sendo assim, e é esta a questão, antes de tudo as DEMOCRACIAS devem ser AQUILO que a palavra diz: SISTEMAS E REGIMES POLÍTICOS nos quais o POVO É QUEM COMANDA. Pois, no nosso empobrecido Brasil, a DEMOCRACIA não passa de um ENGODO, embora seja vendida publicamente como algo existente e praticado à risca. 


VERDADEIROS GOLPISTAS

A rigor, quem escancarou, e demonstrou por A+B e até Z, que aqui a DEMOCRACIA É FAKE, ou algo INEXISTENTE, foram os ministros da Suprema Corte. Foram eles que, que a partir do momento em que o POVO BRASILEIRO elegeu o atual governo, dentro do princípio DEMOCRÁTICO, pelo VOTO, decidiram que a tarefa de GOVERNAR O PAÍS não cabe ao Presidente da República, que foi ELEITO PELO POVO. Agindo como VERDADEIROS GOLPISTAS, a maioria dos ministros, além de não terem sido eleitos -DEMOCRATICAMENTE-, pelo POVO, simplesmente resolveram interpretar a Constituição Brasileira de acordo com claros INTERESSES IDEOLÓGICOS SOCIALISTAS.


NÃO ESTOU SOZINHO

A propósito deste tema, vejo que não são poucos aqueles que falam e escrevem na mesma linha do meu entendimento sobre esta terrível realidade que o nosso país vive, onde os cidadãos brasileiros estão pasmos, atônitos e com enorme dificuldade para acreditar o que está acontecendo. Cito dois: o pensador Percival Puggina e o jornalista J.R. Guzzo, por exemplo.


Eis, primeiramente, o texto do Puggina, com o título -COLONIZADOS, EM PLENO SÉCULO XXI!-

 


Ah, essas duras realidades sociais, políticas e econômicas! É dureza ser uma sociedade esmurrada pelos fatos como acontece no Brasil. Estevão Pinheiro, com seu humor ácido, construiu uma frase aplicável à nossa situação: “Depois de as coisas irem de mal a pior, começa o ciclo de novo”. Ponderemos objetivamente a situação.

Pergunto: nosso panorama social é desolador porque as pessoas não querem viver em melhores condições, ganhar mais, trabalhar mais, cuidarem melhor de si mesmas, dependerem menos do Estado? Socorre-nos, aqui, o humor do argentino Quino e sua personagem Susanita, nas tirinhas da Mafalda, quando diz algo mais ou menos assim: “Não sei o que passa na cabeça dos pobres. Como se não bastasse ganharem pouco, ainda consomem artigos de má qualidade”.

Susanita está errada, claro. Os pobres se dariam melhor na vida se a economia tivesse um crescimento mais acelerado, com maior geração de postos de trabalho. Segundo Ronald Reagan, esse é o melhor programa social do mundo.


Então, pergunto: a economia anda lentamente porque falta gente para trabalhar, por que falta aos empresários vontade de ganhar dinheiro, porque o mercado não quer comprar o que produzimos? Claro que não. A economia vai mal por causa da política, com sua sequela de males: instabilidade, décadas de gasto público constantemente superior às receitas inconstantes (imprudente criação de despesas permanentes). Vai mal porque a Constituição de 1988 pretendeu criar num país pobre, por força de lei, um Estado de bem estar social. Vai mal por causa do gigantismo do aparelho estatal. Vai mal por falta de sintonia entre os objetivos que mobilizam os poderes de Estado e os de seu soberano – o povo brasileiro,

O fato que me traz a este artigo é a súbita percepção de que o aparelho estatal como um todo, os poderes e a administração pública nos três níveis da Federação colonizaram o povo brasileiro. Subsistem do extrativismo que exercem sobre os recursos que a sociedade produz. Esse monstro tem vida própria e subordina a sociedade ao seu querer graças a um escancarado complô entre o Congresso Nacional eleito em 2018 e essa sequela do petismo em que se transformou o outrora digno e respeitável Supremo Tribunal Federal.

Então, na minha perspectiva, se a causa de nossos problemas tem nome e endereço conhecidos, é para ali que devem convergir as ações corretivas. Não faltam obstáculos a essa tarefa. Os grandes mecanismos influenciadores das opiniões e das condutas sociais são os que atuam no plano da cultura, dos meios de comunicação, da Igreja e das escolas em todos os níveis de ensino. E esses, como se sabe, estão aparelhados pelos “progressistas” inimigos do progresso, agentes de nosso atraso. Todos eles, cada um a seu modo, nos colonizaram.

De nada valerá qualquer ação que chegue ao endereço errado. Preservar o modelo institucional, a regra do jogo político, significa manter o colonialismo do Estado sobre os cidadãos e seus bens e... aguardar um novo ciclo para ir de mal a pior.


SUPREMO GOVERNA O PAÍS

Eis a seguir, o texto do J.R. Guzzo, publicado na Gazeta do Povo, -SUPREMO GOVERNA O BRASIL SEM TER GANHADO AS ELEIÇÕES- 



É possível governar um país sem ganhar eleições e, ao mesmo tempo, sem dar um golpe de Estado formal, daqueles com tanque na rua, toque de recolher e uma junta militar com três generais de óculos escuros e o peito cheio de medalhas? Se este país for o Brasil, a resposta é: sim, perfeitamente. Basta você ir ao Supremo Tribunal Federal e pedir para os ministros mandarem fazer aquilo que você quer — desde, é claro, que você e os ministros pensem do mesmo jeito.


Vive acontecendo no Brasil de hoje, e acaba de acontecer de novo. Desta vez, o STF atendeu a mais um gentil pedido e decidiu que o governo federal tem, sim, de fazer o Censo populacional do IBGE previsto para o ano passado, e que foi cancelado neste ano por falta de dinheiro e por causa da Covid — afinal de contas, recenseadores e recenseados não podem se aglomerar em entrevistas “presenciais”, não é mesmo? O STF, nas decisões que vem tomando há mais de ano, já deixou bem claro que detesta aglomerações de qualquer tipo.


Tudo bem: mas que diabo o STF teria de se meter numa decisão que pertence unicamente ao Poder Executivo? Mais que isso, o adiamento do Censo de 2020 — que deveria ser feito agora em 2021, mas foi suspenso até segunda ordem — é fruto direto de uma decisão do Congresso Nacional, que resolveu cortar a verba destinada a esse propósito. Segundo os parlamentares, o Censo não era prioritário, nem urgente e nem aconselhável no meio de uma epidemia.


Mas tudo isso são detalhes sem nenhuma importância. O STF mandou fazer, não mandou? Então: os outros poderes que se arranjem e cumpram a ordem que receberam. É mais uma das maravilhas do Brasil de nossos dias: um poder que não apenas manda nos outros, mas não precisa se preocupar (exatamente ao contrário do que determina a lei) em prover os meios para executar as ordens que dá. O governo não tem dinheiro para pagar o Censo? O Congresso cortou a verba, e decidiu gastar em outra coisa? Problema do governo e do Congresso.


Quem governa o Brasil, todos os dias, é o STF. Não precisa, nem por um minuto, ter o trabalho de pensar em nada. Só manda.




Pontocritico.com

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