quarta-feira, 28 de abril de 2021

Bruno Covas recebe alta e terá de evitar agenda pública em SP

 Prefeito de São Paulo seguirá cumprindo as funções do cargo, mas recomendação é para evitar compromissos públicos



O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), teve alta médica nesta terça-feira, após passar 12 dias no Hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo, internado em decorrência do tratamento de câncer a que se submete desde novembro de 2019. Covas vem sendo atendido com um protocolo que inclui quimioterapia e imunoterapia.

O prognóstico é de que ele siga ambos os procedimentos com aplicações dos medicamentos em sessões de 48 horas de duração, a cada duas semanas. Fora do hospital, o prefeito se mantém no cargo, mas com recomendação de evitar a presença em agendas públicas, ao menos por ora.

Covas já vinha despachando do quarto onde estava internado. A alta estava prevista para o começo da semana passada. Porém, durante os exames de rotina, os médicos haviam identificado um acúmulo de líquidos no abdômen e ao redor dos pulmões, decorrente de uma inflamação causada pelos tumores que atingem o fígado - além de cinco pontos da doença no órgão, Covas também tem um tumor nos ossos da bacia e outro nos da coluna vertebral.

Por causa desse acúmulo, foram instalados drenos no tórax, e o prefeito teve de aguardar o sucesso do procedimento para ser liberado. No hospital, ele recebeu alimentação intravenosa como medida complementar para mantê-lo fortalecido, além da alimentação comum, por via oral, que ele manteve.

"Partiu casa! Mais uma vitória entre muitas batalhas. Agradeço a todos pelas rezas, orações e pensamentos positivos. O tratamento continua. O carinho e força que recebi durante todos esses dias são essenciais para continuar lutando e acreditando" escreveu Covas, em sua conta nas redes sociais.

Segundo boletim médico divulgado nesta terça-feira, o tratamento foi "bem tolerado" e o prefeito "está apto a manter suas atividades pessoais e profissionais". Covas é acompanhado por uma junta médica composta pelo infectologista David Uip, o cardiologista Roberto Kalil e os oncologistas Artur Katz e Tulio Pfiffer.

O prefeito descobriu o câncer durante uma investigação médica iniciada após o surgimento de uma trombose. A doença já tinha sinais de avanço: havia um tumor no fígado, outro na cárdia (ponto de ligação entre o esôfago e o estômago) e outro em gânglios linfáticos.

O primeiro tratamento fez com que dois desses tumores desaparecessem. Neste ano, entretanto, o tumor remanescente, do fígado, teve nova metástase e se espalhou por cinco pontos dentro do órgão. Os médicos ainda descobriram novos tumores nos ossos, razão pela qual o tratamento passou a usar tanto a quimioterapia quanto a imunoterapia, procedimento que pretende fortalecer o sistema de defesa do corpo do prefeito.

Covas optou por não se licenciar do cargo durante o tratamento e orientou sua equipe médica que fosse transparente com relação às etapas da doença com jornalistas.

Agência Estado e Correio do Povo


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