por Larissa Garcia
Ferramenta foi lançada em junho do ano passado e barrada pelo regulador em seguida
Após nove meses em análise, o Banco Central autorizou, nesta terça-feira (30), que os usuários façam transferências bancárias por meio do WhatsApp, aplicativo que pertence ao Facebook.
A ferramenta já havia sido lançada em junho do ano passado, mas foi barrada pelo regulador em seguida.
"Esses arranjos e instituição de pagamentos têm relação com a implementação do programa de pagamentos vinculado ao serviço de mensageria instantânea do WhatsApp (Programa Facebook Pay). As autorizações permitem que ele seja utilizado para realizar a transferência de recursos entre seus usuários", disse o BC em nota.
Para dar o aval, o BC incluiu o Facebook na categoria de iniciador de transações de pagamentos, uma espécie de instituição de pagamentos.
O serviço será oferecido em parceria com as bandeiras de cartão Visa e Mastercard.
De acordo com o texto, foram autorizados dois arranjos de pagamento, instituídos pela Visa e pela Mastercard, além de uma instituição de pagamentos na modalidade Iniciador de Transações de Pagamentos pela Facebook.
A parceria anunciada em junho envolvia também a credenciadora Cielo, responsável pelo processamento financeiro das transferências e uma das maiores no ramo das maquininhas de pagamentos. Além disso, Banco do Brasil, Nubank e Sicredi faziam parte do sistema. As instituições não foram citadas na nota da autoridade monetária.
O Banco Central não autorizou, no entanto, que sejam feitas compras pelo aplicativo.
"As autorizações de hoje não incluem os pleitos da Visa e da Mastercard para funcionamento dos arranjos de compra vinculados ao Programa Facebook Pay, que seguem em análise no BC", afirmou.
"O BC acredita que as autorizações concedidas poderão abrir novas perspectivas de redução de custos para os usuários de serviços de pagamentos", continuou o órgão.
Em nota, o WhatsApp afirmou que recebeu a aprovação do pedido de licença como iniciador de pagamentos com muita satisfação e que está empenhado para disponibilizar a funcionalidade no Brasil assim que possível.
Fonte: Folha Online - 30/03/2021 e SOS Consumidor
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