افغانستان اسلامي جمهوری (pastó)
(Da Afġānistān Islāmī Jomhoriyat)
جمهوری اسلامی افغانستان (persa)
(Jamhoriye-e Eslāmī-ye Afġānistān)
República Islâmica do Afeganistão
O Afeganistão (em persa e pastó:افغانستان, Afġānistān), oficialmente República Islâmica do Afeganistão é um Estado soberano sem litoral, localizado no centro da Ásia, estando na encruzilhada entre o Sul da Ásia, a Ásia Central e a Ásia Ocidental. Povoado por cerca de 38,4 milhões de habitantes, tem uma área de 652 230 km², sendo o 37.º país mais populoso do mundo e o 41.º maior do mundo em área.[5] Faz fronteira com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irã ao oeste, com o Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão ao norte e com China no nordeste. O território do Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana. Arqueólogos encontraram evidências de presença humana remontantes ao Paleolítico Médio (c. 50 000 a.C.).[6] A civilização urbana pode ter começado entre 3 000 e 2 000 a.C.[7]
O país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano,[8] tendo sido a casa de vários povos através dos tempos.[9] A terra tem testemunhado muitas campanhas militares, desde a Antiguidade: as mais notáveis feitas por Alexandre o Grande, Chandragupta Máuria, Gêngis Cã, pela União Soviética e, mais recentemente, pelos Estados Unidos e OTAN.[6][7] Também foi local de origem de várias dinastias locais como os Greco-bactrianos, Cuchanas, Safáridas, Gasnévidas, Gúridas, Timúridas, Mogóis e muitos outros que criaram seus próprios impérios.[10]
A história política moderna do Afeganistão começa em 1709, com a ascensão dos Pachtuns (ou Pastós), quando a dinastia Hotaki foi criada em Candaar, seguida por Ahmad Shah Durrani, subindo ao poder em 1747.[11][12][13] A capital do Afeganistão foi transferida em 1776 de Candaar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado tampão, no grande jogo entre os impérios britânico e russo.[14] Essa circunstância histórica, combinada com o terreno montanhoso do país, impediu o domínio de potências imperialistas sobre o país, mas também resultou em baixo desenvolvimento econômico.[15] Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos.[16]
Após a revolução marxista de 1978 e a invasão soviética em 1979, teve início uma guerra entre as forças governamentais apoiadas por tropas soviéticas e os rebeldes mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão, Arábia Saudita e outros países muçulmanos[17]. Nesse conflito, mais de um milhão de afegãos perderam a vida, muitos deles vítimas de minas terrestres[18][19]. Após a vitória dos rebeldes, em 1992, teve início uma guerra civil, entre diversos grupos rebeldes, que foi vencida pelos talibãs. Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, teve início um novo conflito, decorrente da intervenção de forças norte-americanas no país.[20] Em dezembro de 2001 o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação da Força Internacional de Assistência para Segurança para ajudar a manter a segurança no Afeganistão e ajudar a administração do presidente Hamid Karzai.[21]
As décadas de guerra fizeram do Afeganistão o país mais perigoso do mundo,[22] incluindo o título de maior produtor de refugiados e requerentes de asilo.[23] Enquanto a comunidade internacional está reconstruindo o Afeganistão dilacerado pela guerra, grupos terroristas como a rede Haqqani e Hezbi Islami estão ativamente envolvidos na insurgência talibã por todo o país,[24] que inclui centenas de assassinatos e ataques suicidas.[25] De acordo com a Organização das Nações Unidas, os insurgentes foram responsáveis por 75% das mortes de civis em 2010 e 80% em 2011.[26][27]
Etimologia
O nome Afeganistão (em persa: افغانستان, [avɣɒnestɒn])[28] significa "Terra dos Afegãos",[29] que se origina a partir do etnônimo "Afegão". Historicamente, o nome "Afegão" designa as pessoas pachtuns, o maior grupo étnico do Afeganistão.[30] Este nome é mencionado na forma de Abgan, no século III, pelo Império Sassânida,[31] como Avagana (afghana), no século VI, pelo astrônomo indiano Varahimira.[30] Um povo chamado de Afegãos é mencionado várias vezes no século X, no livro de geografia Hudud al-'alam, principalmente quando se faz referência a uma vila: "Saul, uma agradável vila nas montanhas. Onde vivem os Afegãos."[32]
Al-Biruni faz referência no século XI a várias tribos nas montanhas da fronteira ocidental do Rio Indo, conhecidas como Montanhas Sulaiman.[33] ibne Batuta, um famoso estudioso marroquino que visitou a região em 1333, escreve: "Nós viajamos para Cabul, antigamente uma grande cidade, o lugar agora é habitado por uma tribo de persas chamados afegãos. Eles vivem nas montanhas e desfiladeiros e possuem considerável força, e são muitas vezes salteadores. Sua principal montanha é chamada de Kuh Sulaiman."[34]
Um importante estudioso persa do século XVI explica extensamente sobre os afegãos. Por exemplo, ele escreve:
Os homens de Cabul e Khilji voltaram para casa; e quando eles foram questionados sobre os Muçulmanos do Coistão (as montanhas) e como estavam as coisas por lá, eles disseram, "Não chame de Coistão, mas Afeganistão, pois não há nada lá além dos afegãos e os distúrbios." Assim, é evidente que, o povo do país chamam a sua casa no seu próprio idioma como Afeganistão, e se nomeavam Afegãos.[35]— Firishta 1560-1620 d.C.
É amplamente aceito que os termos "Pachtum" e Afegão são sinônimos. Nos escritos do século XVII o poeta Pachto Khushal Khan Khattak é mencionado:
Puxe sua espada e mate qualquer um, que diz que Pachtum e Afegão não são um! Os Árabes sabem e assim fazem os Romanos: Afegãos são Pachtuns, Pachtuns são Afegãos![36]
A última parte do nome, -istão é um sufixo persa para "lugar", proeminente em muitas línguas da região. O nome "Afeganistão" é descrito no século XVI pelo imperador mogol Babur em suas memórias e também pelo estudioso persa Firishta e os descendentes de Babur, referindo-se a tradicional étnica afegã (pachtum) territórios entre as montanhas de Indocuche e o Rio Indo.[37] No início do século XIX, Políticos afegãos decidiram por adotar o nome Afeganistão para todo o Império Afegão após sua tradução para o inglês já havia aparecido em diversos tratados com o Império Qajar e a Índia Britânica.[38] Em 1857, na análise de John William Kaye The Afghan Warm Friedrich Engels descreve o "Afeganistão" como:
[...]um extensivo país da Ásia[...] entre a Pérsia e as Índias, e na outra direção entre Indocuche e o Oceano Índico. Ele anteriormente incluía as províncias persas de Coração e Coistão juntamente com Herate, Baluchistão, Caxemira, Sinde e uma considerável parte da região de Punjabe[...] suas principais cidades são Cabul, a capital, Gázni, Pexauar e Candaar.[39]
O Reino do Afeganistão foi, por vezes referido como Reino de Cabul, como mencionado pelo estadista e historiador britânico Mountstuart Elphinstone.[40] O Afeganistão foi oficialmente reconhecido como um estado soberano pela comunidade internacional após a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919.[41][42]
História
Desde a Antiguidade, a guerra é constante na região onde hoje fica o Afeganistão, local já ocupado no século VI a.C. pela civilização bactriana, formada por um povo que incorporava elementos das culturas hindu, grega e persa. Depois disso, o território foi atacado por sucessivos invasores.[43]
O Afeganistão foi invadido e ocupado pela União Soviética em 1979. Mas, apesar da destruição maciça provocada na sustentação logística, lutas subsequentes entre as várias facções dos Mujahidin permitiram que os fundamentalistas do Talibã se apropriassem da maior parte do país. Em 1997, as forças talibãs mudaram o nome do país de Estado Islâmico do Afeganistão para Emirado Islâmico do Afeganistão.[44]
Nos últimos dois anos o país sofre com a seca. Estas circunstâncias conduziram três a quatro milhões de afegãos a sofrerem de inanição.[45]
Em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, ocorridos em Nova Iorque e Pentágono,[carece de fontes] cuja autoria foi reivindicada por Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, reconhecido como herói pelos Talibãs, no dia 7 de outubro de 2001, os Estados Unidos e forças aliadas lançaram uma campanha militar, como parte de sua política antiterrorismo, caçando e prendendo suspeitos de atividades terroristas no Afeganistão, mandando-os para a base de Guantánamo, em Cuba.[46]
Geografia
O Afeganistão é um país ao meio de um enclave montanhoso, com planícies a norte e sudoeste, localizado no sul da Ásia[8][47][48][49][50][51][52] ou na Ásia Central.[53] Faz parte do Grande Oriente Médio no mundo islâmico e fica entre as latitudes 29 N e 39 N e longitudes 60 E e 75 E. O ponto mais alto do país é Noshaq com 7 492 metros, acima do nível do mar.
Apesar de ter numerosos rios e reservatórios, grande parte do país está seco. A bacia endorreica de Sistan é uma das regiões mais secas do mundo.[54] Além da chuva habitual que cai no Afeganistão, o país recebe neve durante o inverno no Indocuche e nas Montanhas Pamir, posteriormente, o derretimento dessa neve na primavera entra nos rios, lagos e riachos.[55][56] No entanto dois terços da água do país flui para os países vizinhos do Irã, Paquistão e Turcomenistão. O estado necessita de mais de 2 bilhões de dólares para reabilitar os sistemas de irrigação, de modo que a água seja gerida corretamente.[57]
Ao nordeste da cordilheira de Indocuche e em torno da Província de Badakhshan, existe uma área geologicamente ativa em que ocorrem fortes sismos, quase todos os anos.[58] Eles podem ser mortais e destrutivos, por vezes, causando deslizamento de terra e no inverno avalanches.[59] Os últimos fortes terremotos ocorreram em 1998, em Badakhshan perto do Tajiquistão, matando 6 mil pessoas.[60] Isto foi seguido pelos terremotos de 2002 em Indocuche, no qual mais de 150 pessoas morreram em vários países da região, e mais de mil ficaram feridos. O terremoto de 2010 deixou 11 afegãos mortos, mais de 70 feridos, e 2 mil casas destruídas.[carece de fontes]
Os principais recursos naturais do país são: carvão mineral, cobre, minério de ferro, lítio, urânio, terra-rara, cromita, ouro, zinco, talco, barita, enxofre, chumbo, mármore, pedras preciosas e semi-preciosas, gás natural, petróleo, entre outras coisas.[61] Em 2010, funcionários do Estados Unidos e Afeganistão estimaram que os depósitos minerais inexplorados localizados, em 2007, pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos valem entre US$ 900 bilhões e US$ 3 trilhões.[62][63]
Tem 652 230 km²,[64] sendo então o 41° maior país do mundo,[65] pouco maior que a França e menor que Myanmar. Faz fronteira com o Paquistão no sul e no leste, o Irã a oeste, Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão no norte, e a República Popular da China no extremo oriente.[carece de fontes]
Demografia
Com a capital em Cabul e uma área de 647 500 km²; e 32 milhões de habitantes (46 hab/km²), o Afeganistão é um dos países mais pobres e inóspitos do mundo. A instabilidade política e os conflitos internos arruinaram a sua já débil economia e infraestruturas a tal ponto que um terço da população afegã abandonou o país.[carece de fontes]
Segundo uma estimativa de 2006, a população cresce 2,67% ao ano. O índice de natalidade é de 46,6 a cada mil habitantes, enquanto o índice de mortalidade é 20,34 a cada mil habitantes. A taxa de mortalidade infantil é de 160,23 mortes a cada mil nascimentos. A expectativa de vida é de 43,34 anos.[carece de fontes]
Em 2001, o país tinha diferentes grupos étnicos. Os pachtuns, que tradicionalmente dominaram o país, eram 52 por cento da população; os hazaras eram 19 por cento; os tajiques, que habitavam a porção mais ao norte, eram 21 por cento; os uzbeques, que também habitavam no norte, eram 5 por cento.[15]
Religião
Mais de 99% da população afegã é muçulmana. Cerca de 80 a 85% destes são seguidores do ramo sunita, e entre 15 a 20% são seguidores do ramo xiita, ramo do islamismo predominante entre os hazaras.[15] Há, ainda, outros 3% de muçulmanos não confessionais.[66][67][68] Até a década de 1890, a região em torno de Nuristão era conhecida como Cafiristão (terra dos cafires ou cafir (incrédulos)), por causa de seus habitantes não muçulmanos, o nuristanis, um povo etnicamente distinto cujas práticas religiosas incluíam o animismo, politeísmo e xamanismo.[69] Há pequenas minorias de cristãos, budistas, parsis, sikhs e hindus.[70][71]
O Afeganistão é um dos vários países islâmicos que prevê a pena de morte por apostasia ou blasfémia.[72][73][74]
Criminalidade
O crime está presente em várias formas. As formas de criminalidade incluem o narcotráfico, o branqueamento de capitais, fraude, corrupção, etc.[carece de fontes]
O Afeganistão é o maior produtor mundial de ópio. De 80 a 90% da heroína consumida na Europa provêm de ópio produzido no Afeganistão. O tráfico de ópio tornou-se um importante negócio ilegal no Afeganistão desde a queda do regime talibã, em 2001. De acordo com um inquérito realizado em 2007 pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), 93% dos opiáceos no mercado mundial tiveram origem no Afeganistão.[carece de fontes]
Outras formas de criminalidade incluem roubo, bem como sequestros e assaltos.[carece de fontes]
Política
Em 27 de setembro de 1996 as forças talibãs, constituídas de ex-estudantes, derrubaram o presidente, capturaram a capital, Cabul, e passaram a controlar grande parte do país. Em novembro desse ano outras facções negociavam um governo nacional de coalizão.[carece de fontes]
O primeiro presidente do Afeganistão pós-talibã, Hamid Karzai, foi escolhido pelo governo dos Estados Unidos para dirigir um governo interino, após a queda dos Taliban.[carece de fontes]
Foram realizadas eleições a 9 de Outubro de 2004, com mais de 10 milhões de afegãos registrados para votar, mas a maioria dos 17 candidatos da oposição não reconheceu o resultado das eleições, alegando fraude; uma comissão independente encontrou evidências de fraude, mas considerou que isto não teria afectado os resultados. Karzai obteve 55,4% dos votos e foi empossado como presidente a 7 de Dezembro. Estas foram as primeiras eleições desde 1969, quando houve eleições para o parlamento.[carece de fontes]
O governo de Karzai incluía membros da Aliança do Norte, um grupo político formado por elementos de diferentes regiões e grupos étnicos nomeados pela Loya jirga - conselho ligado às antigas tradições afegãs, inicialmente constituído por membros da etnia Pashtun, majoritária, e foi formado por diferentes líderes regionais e tribais, autoridades políticas, militares e religiosas, funcionários do governo, etc.[carece de fontes]
Em 2014, após um conturbado processo, Ashraf Ghani foi eleito e empossado presidente do país.[75]
Direitos Humanos
A Amnistia Internacional tem documentado tortura e maus-tratos em numerosas instalações de detenção no Afeganistão. Jornalistas foram presos, espancados ou mortos. A pena de morte é muitas vezes aplicada. Muitas crianças sofrem casamentos forçados e a violência doméstica é generalizada.[76]
Há também abuso infantil e abuso sexual de crianças através da prática dos Bacha Bazi.[77]
Até à data, os Hazara no Afeganistão são discriminados e perseguidos.[78][79]
De acordo com a ONG Global Rights, cerca de 90% das mulheres afegãs sofrem abusos físicos e sexuais abuso psicológico e casamentos forçados, habitualmente ás mãos da própria família.[80]
Em 2012, o Afeganistão registou 240 casos de crimes de "honra", muito embora se acredite que o número real de casos é muito maior. Destes crimes reportados, 21% foram cometidos pelos maridos das vítimas, 7% pelos seus irmãos, 4% pelos pais e os restantes por outros familiares. A Comissão Independente dos Direitos Humanos do Afeganistão (AIHRC) chegou também á conclusão de que 15% dos crimes de "honra" e violações foram cometidos por policiais afegãos. A AIHRC também afirmou que as instituições judiciárias culpam as vítimas de violação pelo crime e as condenam como castigo.[81]
Apesar dos testes de virgindade terem sido proibidos em 2016, continuam a ser efectuados, e caso o resultado não seja o que se espera, as mulheres afegãs podem ser presas ou executadas.[82]
Símbolos nacionais
A bandeira nacional foi adaptada pelo governo de transição em 2002. A bandeira é um rectângulo com proporções de 1:2, dividida em três barras verticais de igual largura e de cores preta à tralha, vermelha ao centro e verde ao batente. No centro da barra vermelha, o símbolo tradicional do Afeganistão, com uma mesquita no centro.[carece de fontes]
O brasão de armas tem aparecido de alguma forma sobre a Bandeira do Afeganistão desde o início da nação. A mais notável ausência foi durante a década de 1980 quando um regime comunista dominou o país, e nos finais dos anos 1990, durante o Estado do Talibã.[carece de fontes]
A mais recente alteração do brasão de armas foi a inserção da inscrição das shahada em árabe no topo do mesmo. Abaixo, está uma imagem de uma mesquita com um mehrab que se confronta com um local de oração em Meca. Anexa à mesquita estão duas bandeiras, tomadas de posição das bandeiras do Afeganistão. Abaixo da mesquita encontra-se uma inscrição que indica o nome da nação. Em torno da mesquita está uma grinalda vegetal.[carece de fontes]
"Sorud-e Melli" (em persa: سرودی ملی, Hino nacional) é o hino nacional, adoptado em 2006. De acordo com o artigo 20 da constituição do Afeganistão: "O hino nacional deverá ser em pachto e terá a menção "Alá é o maior", assim como os nomes das etnias do Afeganistão".[8
Subadivisões
O Afeganistão subdivide-se em 34 províncias:
Economia
O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula -, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.[carece de fontes]
Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160,23 por mil nascimentos.[carece de fontes]
Infraestrutura
Educação
A partir de 2006 mais de quatro milhões de estudantes de ambos os sexos estavam matriculados em escolas por todo o país. No entanto, ainda existem obstáculos significativos à educação no Afeganistão, decorrentes da falta de financiamento, edifícios escolares inseguros e normas culturais. A falta de professoras é uma questão que diz respeito a alguns pais afegãos, especialmente em áreas mais conservadoras. Alguns pais ainda não permitem que as suas filhas sejam ensinadas por homens.[carece de fontes]
Alfabetização de toda a população está estimada (em 1999) em 36%, a taxa de alfabetização do sexo masculino é de 51% e do feminino 21%. Até agora, existem 9,5 mil escolas no país.[carece de fontes]
Outro aspecto da educação que está mudando rapidamente no Afeganistão é a cara do ensino superior. Após a queda do regime talibã, a Universidade de Cabul foi reaberta para estudantes de ambos os sexos. Em 2006, a Universidade Americana do Afeganistão também abriu suas portas, com o objectivo de proporcionar um mundo de classe, Inglês como língua, a coaprendizagem ambiente educacional no Afeganistão. A universidade aceita alunos provenientes do Afeganistão e os países vizinhos. Trabalhos de construção vão começar em breve no novo sítio selecionado para a Universidade de Balkh em Mazari Sharif. O novo edifício para a universidade, incluindo o edifício para o Departamento de Engenharia, seria construído em 600 acres (2,4 km²) de terras, ao custo de 250 milhões de dólares americanos.[carece de fontes]
Transportes
A rede rodoviária está atualmente sendo reconstruída e também está sendo ampliada. A chamada estrada do anel, a principal artéria do país, que interliga cerca de 60% da população, foi restaurada. Em 2007, 715 quilômetros de estrada já haviam sido renovadas.[84] No entanto, a conclusão do último trecho de 400 quilômetros de extensão, que acabaria com a última lacuna no noroeste do país, está atrasada devido à precária situação de segurança local.[85] Além disso, mais de 800 quilômetros de estradas secundárias foram renovados ou recém-criados em meados de 2007. A rede rodoviária toda é composta de 42 150 quilômetros, dos quais 12 350 km são pavimentados.[86]
O rio Amu Dária, situado na fronteira, bem como o rio Panj são obstáculos naturais ao transporte terrestre para o Uzbequistão e o Tajiquistão, pois existem apenas algumas pontes sobre esses dois rios. Além disso, às vezes há um alto risco de minas e muitas estradas são frequentemente inundadas, dependendo da estação. Aplicam-se, no Afeganistão, os regulamentos de tráfego rodoviário da RDA.[87]
Existem mais de 60 aeroportos no Afeganistão, a maioria dos quais são simples pistas de cascalho. Os aeroportos maiores existem apenas em algumas cidades e são predominantemente usados pela Força Aérea dos Estados Unidos para fins militares.[88] A maior aeroporto do país é o Aeroporto Internacional de Cabul. Mais de uma dúzia de companhias aéreas voam para destinos no Afeganistão, sendo que as principais companhias aéreas afegãs são a Ariana Afghan Airlines, a Kam Air e a Pamir Airways.[89]
Ver também
Referências
From among the languages of Pashto, Dari, Uzbeki, Turkmani, Baluchi, Pashai, Nuristani, Pamiri (alsana), Arab and other languages spoken in the country, Pashto and Dari are the official languages of the state.
In pre-Islamic and early Islamic times, the term "Khurassan" frequently had a much wider denotation, covering also parts of what are now Soviet Central Asia and Afghanistan; early Islamic usage often regarded everywhere east of western Persia, sc. Djibal or what was subsequently termed 'Irak 'Adjami, as being included in a vast and ill-defined region of Khurasan, which might even extend to the Indus Valley and Sind.'
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(ajuda). Aus Politik und Zeitgeschichte. 2007. Consultado em 3 de novembro de 2019Ligações externas
Wikipédia
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