Segundo órgão, pedido de exoneração de Susana Cordeiro Guerra é motivado por questões pessoais
A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do instituto na tarde desta sexta-feira.
Segundo a nota divulgada pelo IBGE, o pedido de exoneração de Susana é motivado por questões pessoais e de família. A economista deve continuar no cargo até que um novo presidente, a ser indicado, tome posse. Susana Cordeiro Guerra assumiu a presidência do IBGE em fevereiro de 2019.
Guerra pediu demissão em meio ao corte bilionário de repasses ao IBGE para a realização do Censo Demográfico, que foi aprovado nesta quinta-feira, na votação pelo Congresso Nacional do Orçamento de 2021. Com a sanção do texto, as verbas do órgão para a realização da pesquisa foram reduzidas de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões.
O IBGE protestou contra a medida, em nota oficial, e afirmou que o corte pode inviabilizar a realização da pesquisa. Inicialmente previsto para 2020, o Censo foi adiado devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus, mas já enfrenta resistência de servidores que solicitam uma nova prorrogação da pesquisa.
Nesta segunda-feira, Susana Guerra também apelou ao Congresso que restaurasse o orçamento, em artigo publicado no jornal o Globo. No texto, ela ainda afirmou que o Censo seria importante para o combate à pandemia de Covid-19, ao coletar dados sobre a população que poderiam ser úteis para vacinação contra a doença e o período.
"A defesa do Censo Demográfico é crucial não apenas para o pacto federativo, mas também para a geração de dados que permitam solucionar os enormes desafios impostos ao país. Diante do exposto, defendemos o cumprimento da nossa missão enquanto gestores de um instituto de estatística, que tem como uma das principais atribuições a realização do Censo Demográfico", escreveu a presidente.
Histórico
Antes de assumir a presidência do IBGE, Susana atuou como Economista do Banco Mundial, onde trabalhou com pesquisa e avaliação de impacto de projetos em mais de 30 países na África, América Latina e Ásia. Ela já havia trabalhado com o Banco Mundial entre 2003 a 2005, conduzindo pesquisas de campo e análises sobre o impacto da descentralização fiscal nos indicadores de saúde e educação na Região do Leste Asiático.
De 2007 a 2009, Susana trabalhou no setor privado, em uma empresa de consultoria com foco em educação, sediada em Nova Iorque. Ela é PhD em Ciência Política pelo Massachusetts Institute of Technology, mestre em Administração Pública e Desenvolvimento Internacional pela Harvard Kennedy School e graduada em Estudos Sociais pela Harvard College. A economista foi a segunda mulher da história a presidir o IBGE e a pessoa mais jovem a assumir o cargo, aos 37 anos.
Agência Brasil e Correio do Povo
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