Equipamento criado com ajuda do Inpe irá monitorar em tempo real os distúrbios observados na magnetosfera terrestre
O nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi lançado com sucesso na madrugada desta segunda-feira. O aparelho estava a bordo do foguete russo Soyuz-2, que fez a decolagem do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
O equipamento brasileiro agora se encontra em órbita baixa terrestre (LEO) para, entre outros objetivos, estudar e monitorar em tempo real os distúrbios observados na magnetosfera terrestre, a intensidade do campo geomagnético e a precipitação de partículas energéticas sobre o território brasileiro.
Inicialmente, o lançamento iria ocorrer no último sábado, mas uma anomalia foi detectada no módulo “Fregat”, um dos estágios superiores do veículo Soyuz responsável pela inserção da carga útil em órbita, nos minutos finais antes do lançamento, quando são feitas as últimas checagens de equipamento. Foi decidido o adiamento para que os sistemas passassem por uma nova revisão.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destacou a união de esforços para o lançamento do dispositivo. “Momento muito importante que não só traz a tecnologia, mas também essa agregação de valor com participação da universidade, de professores, alunos. Nós precisamos ter uma renovação de quadros, motivar jovens para trabalhar no setor espacial. Eu faço questão sempre de ressaltar esse ponto da participação da universidade dentro do Programa Espacial porque é de lá que vem a maior parte das pesquisas realizadas no país”, ressaltou Pontes.
Correio do Povo
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