Por Silvio Sibemberg
Desde criança nos acostumamos com vacinas, desde a de poliomielite (os jovens há mais tempo sabem bem do que falo) passando pelas de sarampo, caxumba, rubéola e muitas outras mais recentes que nossos filhos e netos veem experimentando há anos.
Não lembro de alguma vez ter sabido a origem delas, muito menos o país, laboratório ou farmacêutica que as tenha desenvolvido, elaborado, produzido e até mesmo envazado. Não era de nossa conta, nunca foi. Ou a vacina vinha à escola (muito comum ha meio século) ou íamos aos postos de vacinação. Dava-se o braço ou a nádega, as meninas tomavam na coxa (nunca soube o porquê dessa diferença) e era isso. Picadinha e assunto encerrado. No outro dia poderíamos ter reação alérgica, no entorno do local da aplicação, uma febrinha e fim de conversa. Dizia-se até que esses sinais indicavam que a vacina “pegara”. Mais não sabíamos e não lembro de nossos pais falarem muito no assunto.
Nunca foi tema de telejornais ou de qualquer outra espécie de mídia como agora. Os veículos eram úteis, anunciavam o calendário para que os pais se organizassem.
O lado bom, pode-se dizer assim, dessa novela sobre a AstraZeneca produzida pela Universidade de Oxford é que à medida que vários países da Europa tenham suspendido seu uso por conta de alguns poucos casos de efeitos colaterais suspeitos é que estão sobrando mais vacinas para o terceiro mundo. Para nós, bem entendido.
Qual a novidade? Sempre fomos o laboratório experimental deles, ou não?
Enquanto isso aumenta nossa disponibilidade e a velocidade de imunização que tanto precisamos.
Há sessenta dias os Estados Unidos estavam como nós agora, UTIs congestionadas e muitos óbitos. Com a aceleração da vacinação hoje o declínio da doença lá é notável.
Tomara sigamos, mais uma vez, o exemplo deles e em fins de maio estejamos festejando o quase fim da pandemia.
Quase porque não se sabe ainda o quanto mais essa variante do vírus chamada P1 pode causar de estrago. Dizem ser dez vezes mais transmissível e com mais poder de infectar adultos jovens na faixa de 30, 40 anos. Parece ser, até o momento, exclusividade nossa, “made in Brazil”, essa variante que teria se originado no pulmão, vejam só, do mundo, nossa tão querida e sempre polêmica Amazônia.
Mas não nos resta opção se não de seguirmos em frente tomando todos os cuidados preconizados para não fazermos parte do lado negativo das narrativas estatísticas tão ao gosto da mídia terrorista que assim como a vírus tomou conta do nosso país.
Enquanto isso vamos tomando todas que aparecerem à nossa frente rezando para não virarmos jacaré.
Pontocritico.com
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