Medida, segundo a montadora, foi motivada pela falta de peças para abastecimento da produção
Após dar férias coletivas de um mês aos trabalhadores da fábrica localizada em Gravataí, a General Motors (GM) anunciou, nesta quarta-feira, a suspensão da produção de veículos por mais dois meses. A medida, motivada pela falta de peças para abastecimento da linha, vai se estender até o final do mês de maio.
Em nota, a montadora atribuiu o problema às “paradas de produção durante a pandemia, e à recuperação do mercado mais rápida que o esperado”. Conforme a GM, a escassez de suprimentos que afeta a indústria automotiva na América do Sul deve provocar reflexos até julho, mês em que está previsto o retorno ao volume de produção regular.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, afirma que a categoria compreende o momento da empresa, e que não há indicativos de demissões na fábrica de Gravataí. O pagamento adiantado da participação dos funcionários nos lucros da GM e de abono estão mantidos.
“Demissões pontuais sempre existem, isso faz parte. Mas esse não é o caso. Nós já tínhamos aprovado o lay-off por um período de dois a seis meses, só que a empresa ia manter um turno funcionando. Hoje, eles nos chamaram para dizer que a paralisação vai ser total”, relata o líder sindical.
Com a suspensão dos contratos, os funcionários devem ter acesso a benefícios como o Seguro Desemprego até a normalização das atividades na fábrica. Cerca de 5 mil trabalhadores, entre funcionários da própria GM e de fornecedoras, estão vinculados à unidade instalada em Gravataí.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
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