quinta-feira, 11 de março de 2021

Em resposta a Congresso, Pazuello garante 170 milhões de doses até junho

 Ministro da Saúde respondeu a ofício do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre cronograma de vacinação contra a Covid-19



Em resposta a ofício dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente, cobrando informações sobre o cronograma da vacinação contra o coronavírus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu nesta quarta-feira que o cronograma de vacinação contra a Covid-19 está mantido, com a previsão de entregar 170 milhões de doses de vacinas de março até junho deste ano. 

Neste cronograma, atualizado pela última vez na última quarta-feira, há a previsão de entrega de 38 milhões de doses de vacina já em março, com a chegada de imunizantes da Covax Facility, consórcion internacional para distribuição de imunizantes, além daqueles produzidos pela Fiocruz (Astrazeneca-Oxford) e Sinovac/Butantan (Coronavac).

Em abril, seriam mais cerca de 55,7 milhões de doses, seguidas de 44 milhões em maio e outras 33 milhões até o dia 30 de junho. 

Na terça-feira, os presidentes do Congresso enviaram o ofício, com prazo de 24 horas para resposta, onde questionaram se houve alguma alteração no cronograma apresentado na semana passada aos senadores, pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Elcio Franco Filho.

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Pacheco e Lira também perguntaram quais seriam os principais obstáculos para cumprir o plano de vacinação. O ministro Pazuello respondeu que, em relação às vacinas fabricadas no Brasil, o possível atraso na entrega de insumos dos laboratórios com os quais a Fiocruz e o Instituto Butantan têm contrato poderia atrasar o cronograma. 

Em relação às vacinas importadas (Covaxin, Sputnik V, Pfizer, Janssen, Moderna e Sinopharm), o ministro citou três possíveis problemas externos que poderiam atrasar o plano. Seriam eles atrasos na apresentação dos relatórios para análise da Anvisa, na produção dos laboratórios no país de origem ou na liberação para importação pelo Brasil. 

De acordo com o cronograma, caso duas destas vacinas importadas (Sputnik V e Pfizer) sejam entregues de acordo com o planejado nas tratativas atuais, o Brasil teria mais 19 milhões de doses de março até junho deste ano.

Ele ainda pontuou que a vacinação da população brasileira contra a Covid-19 é a prioridade do Ministério da Saúde. "Destaca-se necessidade urgente de empreender esforços políticos e diplomáticos conjuntos entre Governo Federal, Congresso Nacional, Estados e Municípios, para, de forma integrada, assegurar a disponibilização das vacinas, de maneira eficaz e segura", finalizou.

Vacinação no Brasil

A quantidade de pessoas vacinadas contra a Covid-19 no Brasil chegou nesta terça-feira (9), a 8.877.585, de acordo com dados reunidos pelo R7, em parceria com o Portal Covid-19 no Brasil. O número representa 4,2% da população total. O estado campeão de vacinação continua a ser São Paulo, com cerca de 2,6 milhões de pessoas vacinadas. 

Diante da falta de vacinas a curto prazo e o recrudescimento da pandemia, que passa pelo seu pior momento, o Congresso tem trabalhado para aumentar as fontes de imunizantes. Nesta quarta (10), o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que permite que estados, municípios e setor privado comprem as doses. 


R7 e Correio do Povo

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