Governador revelou plano de concluir vacinação para este público a partir de cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde
Após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentar o cronograma em que prevê a distribuição de 230,7 milhões de vacinas contra a Covid-19 até julho, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, em entrevista à Rádio Guaíba nesta quinta-feira, afirmou que a intenção do Estado é concluir a imunização dos grupos prioritários acima de 60 anos até o final do mês de abril.
"O Ministério da Saúde trabalha com a perspectiva de entregar 8 milhões de doses de vacina até o final de fevereiro. Em março, a ideia da pasta é quadruplicar o volume, com 46 milhões de doses. Com isso, a nossa expectativa é de imunizar o público prioritário acima de 60 anos até o final de abril", afirmou Leite.
Ao recordar a apresentação de Pazuello, o governador destacou que qualquer negociação sobre imunizantes será abraçada pelo ministério. "A manifestação que, para mim, foi mais importante é de que qualquer negociação dos governos estaduais que esteja andamento deve ser levada à Pasta, que vai efetuar a compra. Tudo isso para incluir as doses no plano nacional de imunização", esclareceu.
A partir disso, a negociação pela Sputnik V, aberta pelo governo do Estado, também está sendo feita pelo governo federal. "Abrimos conversas pela vacina, mas o ministério fez o mesmo. E as vacinas devem ser levadas ao plano nacional. Vamos nos submeter à organização nacional. As primeiras 400 mil doses devem ser entregues em março e outras 9 milhões devem chegar entre abril e maio", completou.
Vacinação total
Ao ser questionado sobre o período em que o Rio Grande do Sul terá a grande maioria da população vacinada, Leite explicou que isso não deverá ocorrer antes do final do ano. "Queremos a população acima dos 60 anos imunizada até o final de abril até porque são as pessoas que mais geram internações. Até mandei levantar mais informações sobre o aumento expressivo do vírus no Rio Grande do Sul e estamos com mais pessoas hospitalizadas tanto em leitos clínicos quanto em leitos de UTI", explicou.
Pré-candidatura à Presidência
O governador também comentou o chamamento recebido por lideranças do PSDB para viabilizar um plano alternativo ao País. "A proxima eleição que se avizinha é de 2022, e me sinto honrado por ser lembrado nacionalmente como alguém que pode contribuir, seja como candidato ou como alguém que contribui com a política. Do jeito que temos feito política, sempre com muito respeito, as instituições, sempre abrindo espaço para o contraditório. Democracia não é só o espaço da maioria, é abrir um canal para o contraditório. É assim que temos feito no RS em tempos de tanto radicalismo", afirmou.
No entanto, Leite frisou que, neste momento, tem "apenas um contrato", com a população gaúcha. "Sou um servidor público, admitido pelo voto popular, mais de três mihões e para aqueles que não votaram. Eu governo para eles. A responsabiliade prioritária é esta", disse, explicando que ser governador de um Estado com tradição política e que é a quarta economia do país se impõem como uma grande responsabilidade.
Correio do Povo
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