Alegando dificuldades financeiras, companhia também suspendeu o vale alimentação
O Grupo CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) suspendeu o pagamento do vale alimentação e do plano de saúde dos servidores. A decisão ocorreu durante a negociação do acordo coletivo deste ano, que entre outros tratava da manutenção do auxílio alimentação e dos parâmetros do plano de saúde. A decisão ocorre em momento que o grupo passa pelo processo de privatização por parte do governo do Estado.
Onze sindicatos que representam os servidores e a empresa vinham discutindo o assunto com a medição da Justiça. Nas negociações, os trabalhadores queriam manter os benefícios, especialmente em função do cenário de pandemia. A proposta não foi aceita pela empresa, que anunciou a suspensão do vale e do plano de saúde a partir de 1º de março (segunda-feira). No entanto, os sindicatos alertam que centenas de servidores já tiveram o seu auxílio suspenso, como consta em contracheques do mês de fevereiro, apesar de terem respaldo da Justiça que proibia tal desconto.
Foram realizadas reuniões entre a empresa e os representantes dos trabalhadores para que fossem apresentadas propostas, contudo, a CEEE se recusou a analisar as pautas apresentadas alegando dificuldades financeiras. Foi solicitando, então, por parte dos trabalhadores a intervenção da Justiça.
Na audiência, os sindicatos reiteraram seu alerta, já feito anteriormente à CEEE, quanto a ilegalidade de alguns pontos constantes na proposta feita pela empresa. As entidades sindicais propuseram a prorrogação dos acordos coletivos, o que foi aconselhado, também, pelo vice-presidente do TRT, Francisco Rossal de Araújo, que mediava a reunião, mas não foi aceito por parte dos empregadores. Os sindicatos orientam os trabalhadores a não assinarem qualquer documento.
Segundo o comunicado da CEEE, o atual acordo coletivo tem validade até o dia 28 de fevereiro de 2021. A empresa detalha que foram apresentadas duas propostas aos sindicatos e ofertado o máximo possível. De acordo com o documento, o objetivo era evitar a falência da CEEE-D (Distribuição) e os impactos sobre a CEEE-GT (Geração e Transmissão).Consta ainda que houve demora dos sindicatos na análise das propostas enviadas. O presidente do grupo optou por não se manifestar.
Correio do Povo
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