Prefeito abriu possibilidade de reduzir o número de cobradores nos coletivos de Porto Alegre
O prefeito Sebastião Melo voltou a defender, nesta segunda-feira, a revisão da isenção das passagens como uma das alternativas para baratear o custo e garantir mais usuários para o sistema de transporte coletivo da Capital. Ontem, ao participar de reunião na Câmara de Vereadores, Melo também afirmou que a prefeitura segue discutindo com a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) a melhor solução para resolver problema da redução de usuários por conta da pandemia.
Melo ressaltou que algumas soluções para o transporte público coletivo podem ser amargas, como a diminuição de cobradores e revisão das isenções com base no rendimento das famílias. Na avaliação do prefeito, não é justo que as isenções levem em consideração apenas critérios como idade e condição de estudante. “A gente quer discutir com vocês todas as alternativas”, afirmou.
Sobre as discussões na Justiça que tratam de ajuda ao setor, Melo reforçou que ainda não houve acordo na Justiça com os concessionarios. "Da nossa parte tem dois pressupostos básicos para pactuar qualquer dinheiro público na justiça, que tem que aceitar repactuação dos contratos num prazo mais curto possível e tem que ao mesmo tempo ter um validador externo, espécie de perito pra saber se dinheiro que estou botando está corretamente", garantiu.
"Acho que o sistema faliu"
O prefeito criticou o atual modelo do transporte público. "Não botarei um centavo a mais no curto prazo da repactuação porque não acredito no sistema como está aí. Acho que ele faliu, não funciona mais e não vou botar dinheiro público em sistema falido", afirmou. Conforme Melo, para colocar dinheiro público no sistema, as empresas terão de aceitar repactuar o contrato. Ele ressaltou ainda que algumas opções que devem ser discutidas são a integração das lotações ao sistema de ônibus, bem como a possibilidade do usuário usar o cartão TRI no modal; a utilização de veículos menores em linhas e horários com menor demanda e a redução da passagem em horários de pouco movimento para incentivar a utilização do ônibus.
Correio do Povo
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