Eduardo Leite anunciou flexibilização para o ensino nas 11 regiões de bandeira preta, incluindo Porto Alegre
O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta segunda-feira, o indeferimento dos dez recursos apresentados pelas regiões e, assim, manteve as regiões em bandeira preta e vermelha conforme o apresentado no mapa prévio, na última sexta-feira. Contudo, o governador Eduardo Leite flexibilizou e autorizou o funcionamento de escolas infantis e de primeiro e segundo ano do ensino fundamental para as regiões de bandeira de maior risco epidemiológico no Distanciamento Controlado.
• Ficam em bandeira preta: Canoas (em cogestão), Capão da Canoa (em cogestão), Caxias do Sul (em cogestão), Erechim (em cogestão), Lajeado (em cogestão), Novo Hamburgo (em cogestão), Palmeira das Missões (em cogestão), Passo Fundo (em cogestão), Porto Alegre (em cogestão), Santa Cruz do Sul (em cogestão) e Taquara (em cogestão).
• Ficam em bandeira vermelha: Bagé (em cogestão), Cachoeira do Sul (em cogestão), Cruz Alta (em cogestão), Guaíba, Ijuí (em cogestão), Pelotas (em cogestão), Santa Rosa (em cogestão), Santa Maria, Santo Ângelo (em cogestão) e Uruguaiana (em cogestão).
Leite enfatizou que, se necessário, novas medidas mais restritivas poderão ser tomadas durante a semana. Está prevista para a próxima quinta-feira uma nova reunião do Piratini com as associações de municípios para analisar o cumprimento dos protocolos. Leite ainda destacou que segue acompanhando os índices das regiões mais afetadas e por isso o governo tem apostado em “investigações mais profundas” nos casos. “Estamos levando adiante pesquisas sobre variantes e sobre perfis hospitalares”, anunciou.
Os principais motivos para o agravamento da situação epidemiológica no RS são o crescimento de internações em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o salto nas internações em leitos clínicos relacionadas à Covid-19 e, consequentemente, a redução na quantidade de leitos de UTI disponíveis.
O Rio Grande do Sul ultrapassou, nesta segunda-feira, a marca de 11,8 mil mortes por Covid-19. Em quase um ano de pandemia, o Estado já contabiliza mais de 606,4 mil casos confirmados de coronavírus. Em ritmo de alta, a ocupação de leitos de UTIs chegou a 86% no dia de hoje.
Durante a live, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, voltou a enfatizar que o Rio Grande do Sul atravessa o pior momento da pandemia e confirmou a aceleração da gravidade dos casos. Os pacientes, segundo ela, têm evoluído rapidamente para a necessidade de tratamento intensivo.
Cogestão
Após reunião com os representantes das associações de municípios do Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul decidiu por manter a cogestão no sistema de Distanciamento Controlado. No encontro, 18 entidades estiveram representadas: “Ouvindo os prefeitos sobre a cogestão ficou claro que não haveria a condição de suspender”, disse o governador Eduardo Leite, em videoconferência.
No entanto, o governador reforçou a necessidade de apoio dos gestores municipais: “Se não há espaço pra suspender a cogestão fica aqui mais uma vez o apelo que fiz na reunião: que façam cumprir os protocolos”.
Ampliação da restrição noturna
Em razão do ritmo acelerado da pandemia no Estado, o governo estadual ampliou o horário de início da restrição noturna – medida anunciada na última sexta-feira. Agora, entre 20h e 5h ficou proibida a realização de atividades em geral em todo o RS, independente da classificação da bandeira. Leite voltou a frisar, contudo, que não se trata de um toque de recolher.
Correio do Povo
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