sábado, 27 de fevereiro de 2021

Governo do Estado articula aquisição de vacinas para professores

 Proposta é garantir condições de retomar as aulas presenciais no dia 8 de março


O agravamento da pandemia, que colocou o Estado em bandeira preta a partir deste sábado, acelera as discussões para viabilizar o retorno das aulas presenciais na rede estadual. No calendário atual, as atividades escolares deverão ser iniciadas neste ano no dia 8 de março, um dia após o possível fim da vigência da bandeira preta.

A questão é que para viabilizar o retorno às salas há uma exigência fundamental por parte dos professores: a inclusão nos grupos prioritários de imunização contra a Covid-19. É essa negociação que deverá exigir atenção total do governo do Estado ao longo do final de semana, em especial após a reunião desta sexta-feira na Casa Civil (foto) entre integrantes do Executivo, Legislativo e do Cpers.

O governador Eduardo Leite (PSDB) tem manifestado a importância da inclusão dos professores na campanha de imunização. A expectativa é de que até segunda-feira se tenha uma proposta mais detalhada para ser apresentada à categoria. A pressa é porque a categoria deverá discutir o assunto na próxima sexta-feira.

No momento, sem a visualização de uma imunização, a tendência é que os professores optem por permanecer no modelo remoto, com as atividades virtuais. Segundo a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, que participou do encontro, um aceno positivo do governo do Estado em relação à imunização de professores e servidores “pode ser determinante” para o retorno das aulas presenciais. “A situação no momento é muito preocupante. Estamos vendo um número grande de crianças internadas. Então a preocupação existe”, afirmou. 

Pagamento dos dias parados 

A reunião também tratou do pagamento dos dias parados durante greve dos professores entre novembro de 2019 e janeiro de 2020. O encontro, articulado pelo presidente da Assembleia, Gabriel Souza (MDB), e pelo líder do governo, Frederico Antunes (PP), teve as presenças do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, do Procurador-Geral do Estado, Eduardo Cunha Costa, e de representantes do Cpers.

O governo do Estado analisa viabilizar o pagamento sem infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal e a lei do governo federal que veda, neste ano, pagamento de vantagens a servidores. A expectativa é ter uma posição nos próximos dias. 


Correio do Povo

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