domingo, 28 de fevereiro de 2021

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes prevê prejuízos com suspensão da cogestão no RS

 Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas também espera agravamento da situação econômica no Estado



A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes/RS (Abrasel- RS) afirma que a suspensão do sistema de cogestão prejudica o setor de alimentação fora do lar, dificulta a recuperação do segmento em meio à crise e gera impacto incalculável na economia. A entidade justifica que muitos empreendedores não têm caixa ou reservas, o que pode afetar todos os profissionais do ramo, como fornecedores, trabalhadores, locatários e todos que dependem do setor de gastronomia.

Na avaliação da entidade, o 'baque na economia' vai ser incalculável, uma vez que o setor deve contabilizar mais prejuízos. A entidade alega que a razão das altas taxas de transmissão da Covid-19 não é a atuação dos estabelecimentos do setor, que "cumprem todos os protocolos".

A Abrasel critica a falta de critério no combate à pandemia e cobra fiscalização para coibir aglomerações. A partir deste sábado, bares e restaurantes estão proibidos de atuar com atendimento presencial. Os estabelecimentos podem trabalhar apenas com tele-entrega sem limitação de horário e drive-thru e “pegue e leve” até às 20h.

FCDL diz que fim da cogestão agrava prejuízos

Em nota, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS (FCDL-RS) afirma que a suspensão do sistema de cogestão agrava os prejuízos que os lojistas do Estado estão sofrendo desde março de 2020. Conforme a entidade, no último ano, houve fechamento de 9 mil empreendimentos comerciais em todo o RS e a extinção de quase 13 mil postos de trabalho no setor varejista gaúcho.

Na avaliação do presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, os lojistas aprenderam na prática que o distanciamento responsável – incluindo o uso de máscaras e higienização adequada – consiste na melhor das prevenções contra a contaminação. A FCDL afirma que a maioria das prefeituras municipais também tem este entendimento e que a difusão do vírus ocorre em episódios de aglomeração e falta de proteção facial adequada.

"O momento de calamidade pública exige que eventos de ajuntamento irresponsável de pessoas seja evitado e até reprimido por meio do poder de polícia, atribuição legal do executivo estadual", destaca a nota. Segundo a entidade, lojas, fábricas e prestadores de serviços que respeitam as regras de distanciamento e higiene não deveriam ser alvo de sanções de funcionamento.


Correio do Povo

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