Arita Bergmann disse que Executivo distribuirá aos municípios quantidade proporcional à população a ser imunizada
Ainda que o Ministério da Saúde não tenha definido uma data específica para o começo da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o governo do Rio Grande do Sul trabalha com a projeção de início na segunda quinzena de janeiro e prepara a estrutura necessária para imunizar os gaúchos. Segundo a secretária de Saúde, Arita Bergmann, o Estado já tem logística e planejamento para iniciar imunização.
“Assim que a vacina chegar ao Rio Grande do Sul, já temos estrutura e planejamento para começarmos", afirma Arita, que se reuniu nesta quarta-feira com diretores e técnicos da Secretaria da Saúde (SES) para acertar o detalhamento do plano estadual, em elaboração desde dezembro.
De acordo com o governo federal, a distribuição das doses ocorrerá de forma igualitária entre os Estados. Em Manaus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu hoje pela primeira vez que o Brasil começará o plano de vacinação contra Covid-19 ainda em janeiro. Segundo ele, serão usadas 8 milhões de doses dos imunizantes desenvolvidos pela Universidade de Oxford/AstraZenca e pelo Instituto Butantan/Sinovac.
No RS, o Executivo distribuirá aos municípios quantidade proporcional à população a ser vacinada. “Como a quantidade a ser recebida inicialmente talvez não seja suficiente para aplicar as doses em toda essa população de uma vez, teremos de adotar critérios. De qualquer forma, se tivermos que fazer escolhas, os primeiros a receber serão profissionais que trabalham diretamente no atendimento a pacientes Covid. Teremos que nos adequar à quantidade disponível”, ressalta Arita.
Segundo o Plano Nacional de Imunização, os grupos prioritários para a campanha são profissionais na linha de frente em contato direto com o vírus, como pessoas que trabalham em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), centros de triagem e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); idosos em lares de longa permanência; idosos fora desses lares escalonados por faixa etária (mais de 80 anos; de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos); indígenas e quilombolas. A estimativa é que cerca de 1 milhão de pessoas façam parte dessas populações.
Em relação às agulhas e seringas, a SES terminou 2020 com um estoque de 4,5 milhões de seringas, e foram adquiridas, por registro de preços, mais 10 milhões de seringas agulhadas. A entrega desses insumos aos municípios será escalonada e integrada com a distribuição da vacina. De acordo com a secretária, esses itens, além da possibilidade de recebimento de agulhas e seringas do Ministério da Saúde somados aos estoques dos municípios, serão suficientes para atender toda a demanda da vacinação contra a Covid e das outras campanhas que ocorrem em paralelo (como influenza, sarampo e todo o calendário básico de vacinação).
O Ministério da Saúde já sinalizou que irá começar a imunização após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o órgão, as respostas aos pedidos de uso emergencial do Instituto Butantan, com a CoronaVac, e da FioCruz, com a AstraZeneca, irão ocorrer neste domingo.
Correio do Povo
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