Nova gestão se compromete a combater aglomerações para evitar a expansão do coronavírus
A Prefeitura de Porto Alegre apresentou suas novas diretrizes para o combate do coronavírus. Em linhas gerais, o texto apresentado pela gestão de Sebastião Melo retira limite de ocupações no comércio, além de flexibilizar mais os horários de bares e restaurantes. O foco passará a ser o combate a aglomerações. O novo decreto será publicado nesta segunda e valerá a partir de terça.
Pelo texto, ficam sem limites de ocupação e tempo missas e cultos. Bares e restaurantes poderão operar sem horário de início definido, mas seguem encerrando às 23h. O Mercado Público não terá restrições para receber clientes, mas as bancas terão de operar com 50% dos trabalhadores. Bancas e lotéricas, da mesma forma.
Quanto ao comércio essencial, antes havia o limite de 50% de ocupação, que cai agora, porém segue mantido os 50% para trabalhadores. Shoppings e comércios não essenciais deixam de ter um horário de início definido. Melo salientou que as medidas vão de acordo com o estabelecido com o Governo do Estado.
O novo decreto ainda versa sobre eventos. “Para viabilizar que o empresário possa realizar, com todo os protocolos, o seu evento, estamos fixando o prazo máximo de sete dias para a Prefeitura avaliar o pedido”, explicou o secretário extraordinário de Enfrentamento à Covid-19, Renato Ramalho. O prazo pode ser prorrogado em caso de eventos para mais de 100 pessoas.
Em sua participação, o novo secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta, afirmou que o foco será o combate às aglomerações. Para ele, não é no comércio que haverá a expansão do vírus. “Isso acontece na aglomeração, aí que temos que trabalhar”, disse ele, que comemorou o fato de ainda não ter havido um forte aumento nos casos desde o fim do ano. Na tarde desta segunda, 302 pessoas com Covid-19 estavam em leitos de UTI na Capital.
“Tratamento precoce”
No que depender da gestão de Melo, Porto Alegre também irá disponibilizar medicamentos do “tratamento precoce” à Covid-19 – algo que não é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. O prefeito, que evitou opinar se os medicamentos serão cloroquina e hidroxicloroquina e se é a favor ou contra, citou que a medida é adotada por diversos municípios. “Se o médico receitar e o paciente concordar, compete ao gestor disponbilizar”, resumiu.
Crítica a Marchezan
Em sua primeira segunda-feira de trabalho, a nova gestão da Prefeitura precisou editar um novo decreto, uma vez que os decretos feitos na gestão de Nelson Marchezan venceram no início de janeiro – algo criticado por Melo no começo da apresentação. “Esperava que o prefeito não desse um prazo”, reclamou o novo chefe do Executivo.
Correio do Povo
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