Atacante Breno, contratado do Juventude, anotou gol do 1 a 0 aos 53 minutos
Um jogador trazido há menos de dois meses de um time da Série B e longe de ser a grande estrela do elenco do Palmeiras é o herói do título mais cobiçado pelo clube nos últimos anos. Contratado do Juventude, Breno Lopes marcou de cabeça o gol do título da Copa Libertadores aos 53 minutos do segundo tempo. Graças a ele o time venceu o Santos por 1 a 0 no estádio do Maracanã neste sábado e garantiu pela segunda vez na história a taça.
Antes de comemorar o título, foi preciso superar um jogo tenso. A final teve chutes no gol a contar nos dedos e erros a perder de vista. As duas melhores campanhas da Libertadores estiveram longe do futebol veloz e ofensivo dos 12 embates anteriores. Em um jogo parado e de poucas emoções, a bola decisiva saiu do pé de Rony e encontrou a cabeça de Breno, que colocou a bola no contrapé de John.
Foi apenas o segundo gol de Breno Lopes pelo clube. O jogador tinha marcado pela primeira vez pelo Palmeiras diante do Vasco, na última terça, e entrou no segundo tempo para mudar a história da carreira dele e também a trajetória do clube.
A final da Libertadores frustrou no início pela falta de cuidados com a pandemia e ausência de futebol. Os convidados presentes ao estádio se acomodaram quase todos no mesmo setor e muito próximos entre si. Embora isso tenha garantido o apoio, houve demonstrações claras de desrespeito ao distanciamento social. Até mesmo no meio do primeiro tempo, o locutor do Maracanã fez o pedido para todos usarem máscaras.
Dentro de campo, o forte calor prejudicou o primeiro tempo. O ritmo lento e os muitos erros fizeram as chances de gol sumirem. O Santos começou o jogo mais ofensivo e posicionou os dois laterais como pontas. O Palmeiras controlou esse ímpeto e conseguiu cavar algum espaço no ataque com Rony. Veio dele o único chute da tapa inicial que obrigou um goleiro a trabalhar.
O time alviverde teve menos posse de bola, porém conseguiu finalizar com mais perigo no primeiro tempo. Apesar de insistir muito nos chutões. O Santos penou por não ter o brilho de Marinho e Soteldo, ambos muito marcados. Em uma final de várias divididas, trombadas e erros, restava ficar claro quem teria o apetite necessário para jogar futebol e ser campeão.
O desafio no segundo tempo dos times era aprimorar a criação e fazer o setor de meio-campo aparecer. O jogo dependente de chutões, lances individuais e bolas aéreas parecia um reflexo do nervosismo dos finalistas. Pouco mudou. As defesas continuavam prevalecendo. Conforme o tempo passava, as equipes aumentavam o número de faltas e mostravam insegurança para arriscar.
Tensos à beira do gramado, os treinadores demoraram para mexer. As substituições só começaram depois dos 25 minutos do segundo tempo. O Santos conseguiu dar trabalho para Weverton pela primeira vez aos 31, em finalizações consecutivas de Felipe Jonatan e Pituca. Esses lances parecem ter ligado um alerta em campo de que o fim do jogo se aproximava e um gol a partir dali seria encaminhar o título.
A prorrogação era uma realidade quando um desentendimento agitou o jogo. Cuca e Marcos Rocha trocaram empurrões. O jogo parecia fadado ao fim após essa briga quando uma brecha se abriu. Rony puxou um ataque pela esquerda e cruzou para Breno Lopes na área. O atacante pode não ter a categoria de Evair, o renome de Ademir da Guia ou a idolatria de Dudu, mas agora está na história. Graças ao gol dele o Palmeiras voltou a ganhar a Copa Libertadores.
Agência Estado e Correio do Povo
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