quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Lago dos Lençois Cidrerenses seca, mas segue atraindo os turistas em Cidreira (RS)

 Cômoros de areia também são atrações para os veranistas



Até há poucos meses, o local era um lago artificial formado pelas águas das chuvas em meio às dunas de Cidreira, no Litoral Norte gaúcho. Porém, assim como um ano atípico para a humanidade por causa da pandemia do coronavírus, o lago também sofreu de forma inexplicável, praticamente tendo desaparecido. Mesmo as fortes chuvas no início desta semana foram incapazes de fazer com que este ponto batizado de Lençois Cidrerenses voltasse a ficar cheio. São dunas próximas ao limite de Tramandaí, perto do Parque Eólico e da ERS 786, com cerca de dez quilômetros de extensão.

Os visitantes que chegam ao local, situado entre o Balneário Cidreira e Tramandaí, sobem vários cômoros de areia e lá de cima podiam observar aquele lago. Agora encontram apenas duas poças de água, que mal chegam aos tornozelos das pessoas.

Porém, muitos visitantes não se importam com a falta do lago. É o exemplo das amigas Marlice, Ester, Claudete e Manuela, que estão veraneando em Tramandaí, e decidiram visitar o local, alertadas pela primeira, que já havia estado no lugar em anos anteriores. “Falei para elas da beleza deste local, apesar de ficar um pouco escondido”, salientou.

E as quatro, ao lado das duas filhas pequenas de duas delas, não tiveram medo nenhum de percorrer as dunas, isoladas e quase imperceptíveis para quem passa na estrada entre Cidreira e Tramandaí.

“A gente nem sabia que havia um lago aqui, mas isso não importa. É tudo muito lindo. Me deu uma sensação de liberdade”, disse Claudete Hartmann, que reside em São José da Urtiga, como as amigas Manuela Engerorf e Marlice Froelich, enquanto que Ester Trierweiler reside em Presidente Lucena.

“A sensação que tenho é de estar em outro mundo. Sabe, parece que quero ficar aqui para sempre”, disse Ester, enquanto caminhava em meio às dunas, com uma areia fofa por causa da chuva e o vento forte, que atrapalhava os movimentos, mas que ela garantiu não estar incomodando. Ester disse que esperava sentir a areia quente queimando os pés, mas a chuva que caiu na segunda-feira amenizou a temperatura, tornando a experiência de caminhar pelas dunas uma experiência agradável. 

 “Nem quero ir ver o mar. Estou numa sensação de leveza, de energia, de paz”, ressaltou. “Mas acredito que logo as águas tomaram seu espaço novamente, e possam embelezar ainda mais isso aqui. É um sonho”, completou.


Correio do Povo


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