Governo indiano proibiu exportações de doses da vacina de Oxford produzidas no país que seriam enviadas ao Brasil
Diante de um bloqueio de exportações de vacinas do Serum Institute of India, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recorreu ao Ministério das Relações Exteriores para tentar garantir as primeiras doses da vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia autorizado a importação emergencial de 2 milhões de doses do imunizante.
A expectativa é resolver o impasse por meio da diplomacia. Em abril, o presidente Jair Bolsonaro entrou em contato com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para que o Brasil tivesse acesso a insumos farmacêuticos usados na produção da cloroquina.
O Serum Institute of India é o maior produtor mundial de vacinas e fornecedor da AstraZeneca da vacina contra a Covid-19. O objetivo do governo indiano, segundo o diretor-executivo do Serum Institute of India, Adar Poonawalla, é garantir as primeiras 100 milhões de doses de produção local.
A importação da unidade da Índia foi a saída encontrada pela Fiocruz para antecipar o início da vacinação no Brasil, embora ainda não haja nem mesmo um pedido de autorização de uso emergencial do imunizante — o que poderia ocorrer nesta semana.
O R7 procurou a assessoria de imprensa do governo indiano, o Itamaraty e a AstraZeneca, mas nenhum deles havia se manifestado até a publicação desta reportagem.
R7 e Correio do Povo
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