Perdas podem ser maiores que da safra passada se as chuvas não voltarem até janeiro
Os produtores rurais do Vale do Rio Pardo temem sofrer perdas maiores que as da safra passada caso as chuvas não voltem ao padrão normal ainda em janeiro. O alerta sobre os prejuízos causados pela estiagem ao agronegócio e a falta de água para o consumo humano já foi levado por entidades do setor a lideranças políticas da região e ao secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke.
As chuvas nas últimas semanas foram irregulares em toda a região e, onde ocorreram, tiveram baixa intensidade. Isso prejudicou o plantio e o desenvolvimento das principais culturas agrícolas, especialmente a soja e o milho, além das pastagens.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, deputado estadual Edson Brum, entende que os relatos dos produtores evidenciam a gravidade da situação enfrentada pelos agricultores e ressalta que eles “já amargam prejuízos significativos”.
Para Brum, falta ao Rio Grande do Sul uma política contínua para tratar o problema de forma preventiva. “Precisamos derrubar as barreiras que impossibilitam a implantação de programas de irrigação no Estado e buscar recursos que as viabilizem”, aponta. “Em 2020, conseguimos R$ 55 milhões para a perfuração de poços artesianos e abertura de açudes, mas esbarramos na burocracia e até agora as obras não iniciaram em grande parte dos municípios. Isso é inaceitável”, complementa.
Brum observou que a análise da Emater que indica que chuvas recentes favoreceram lavouras de soja e milho em zonas do Noroeste não se aplica às regiões Central, Carbonífera, Costa Doce e Vales do Rio Pardo e Taquari. Ontem havia áreas pedregosas do fundo do rio Pardo visíveis.
Correio do Povo
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