Entre as discussões, está o pedido de suspeição de Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato
A pandemia de Covid-19 deixou em segundo plano questões importantes para o Brasil as quais o Supremo Tribunal Federal (STF) deve se ver forçado a julgar em 2021. O atual presidente da Corte, Luiz Fux – que assumiu no segundo semestre de 2020 – será cobrado para pautar, por exemplo, o pedido de suspeição do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que questiona a época em que ele era juiz federal e principal nome da Operação Lava Jato. O recurso é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que usa em sua argumentação a suposta parcialidade em todos os julgamentos ligados ao petista.
Uma das provas, dizem seus advogados, é que o magistrado integrou, logo após deixar a Lava Jato, o ministério do presidente Jair Bolsonaro, opositor ferrenho de Lula. No fim de 2019, o julgamento era apontado como certo em 2020, também porque estava nas mãos do decano Celso de Mello, prestes a sair do STF. Com 75 anos, idade limite para exercer o cargo, ele deixou a Corte em outubro, dando lugar a Nunes Marques.
O ano acabou e nada do processo que pode cancelar a condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá, e põe em risco também a do sítio em Atibaia. Isso porque a defesa do ex-presidente aposta na tese de que toda a força-tarefa da operação, sob coordenação de Moro, estava predisposta a condená-lo mesmo que faltassem provas para isso.
Reportagens do site Intercept Brasil, publicadas desde 2019, que utilizam mensagens privadas de procuradores da Lava Jato, são usadas para mostrar essa ligação próxima de todos os integrantes da força-tarefa.
R7 e Correio do Povo
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