Dia foi marcado pela chamada realização de lucros dos investidores e ainda por preocupações em relação ao desdobramento da crise econômica no país
Depois do movimento recorde registrado no início do ano, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou nesta segunda-feira em baixa de 1,46%, aos 123,2 mil pontos. O dia foi marcado pela chamada realização de lucros dos investidores e ainda por preocupações em relação ao desdobramento da crise econômica no país. Também de olho no cenário fiscal, o dólar fez o caminho inverso e fechou a R$ 5,50, com um salto de 1,61%.
O ajuste negativo na B3 foi o maior desde 21 de dezembro passado, quando o Ibovespa registrou queda de 1,86%. No ano, o ganho acumulado ainda é de 3,56%. Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam com quedas, respectivamente, de 0,29%, 0,66% e 1,25%.
"Após ter se mantido desconectada, a Bolsa, em dia negativo lá fora, acompanhou hoje (ontem) o que ocorre no câmbio e juros, que têm se mantido mais alinhados às incertezas internas, especialmente sobre o fiscal. O mercado tem olhado muito para fluxo e para vacina, é o que tem movido o Ibovespa desde novembro. Internamente, a situação continua difícil, tanto na política como na economia, então será necessário continuar monitorando o fluxo bem de perto, porque pode chegar um momento em que o estrangeiro decida começar a sair", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, chamando atenção para a persistente indefinição sobre as contas públicas.
No mercado de câmbio, o Banco Central chegou a fazer um leilão de US$ 500 milhões em swap (venda de dólar no mercado futuro), mas não impediu que a moeda americana terminasse o dia no maior valor em mais de dois meses.
Agência Estado e Correio do Povo
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