Pela manhã, Sebastião Melo encontrou-se com vereadores e disse que vetaria projeto
Com 22 votos favoráveis contra 10 contrários, a Câmara de Porto Alegre acatou o requerimento que retirou da pauta de votação o projeto de lei 137/20, que tratava da manutenção e restituição dos empregos públicos dos trabalhadores da rede de Estratégia Saúde da Família (Imesf). Desta forma, o projeto passa para pauta do próximo ano, já na administração do prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB).
Pela manhã, Melo se reuniu, pela primeira vez após o pleito, com os vereadores da atual legislatura para discutir o assunto. Na reunião, falou na possibilidade da criação de um grupo de trabalho para analisar qual seria a opção mais viável: a manutenção dos empregos pelo Imesf ou a terceirização, medida adotada pelo atual prefeito.
Assim, a situação dos 1,3 mil servidores do Imesf será tratada através de um grupo de trabalho montado para ouvir os trabalhadores.
Melo lembrou que nunca assumiu compromisso com os trabalhadores do Imesf de que faria uma empresa pública, mas que está sempre aberto ao diálogo. O prefeito eleito afirmou, no entanto, que não concordava com o projeto. “Como vereador vai criar cargos?”, indagou. “Tenho certeza de que, se essa lei fosse aprovada, eu vetaria. A porteira que passa um boi passa uma boiada.”
O Instituto, de acordo com Melo, já é um assunto resolvido. O prefeito eleito disse que a extinção não foi iniciada nem pelo atual prefeito Nelson Marchezan Júnior ou pelo ex-prefeito José Fortunati, mas pelos “sindicatos raivosos” que entraram na Justiça.
A presença do prefeito eleito pode ser uma sinalização de que a relação entre o Executivo e o Legislativo de Porto Alegre será diferente na comparação com o autal governo.
Manifestação dos vereadores
A vereadora Claudia Araújo (PSD) informou, ao final da sessão, que um documento com as assinaturas de alguns parlamentares será enviado ao atual prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), solicitando que esses trabalhadores não sejam demitidos até o final do ano. O presidente da Casa, Reginaldo Pujol (Dem), afirmou, contudo, que um requerimento oficial não será enviado.
Correio do Povo
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