terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Sheilla Castro, jogadora de vôlei

 






Sheilla Castro de Paula Blassioli (Belo Horizonte1 de julho de 1983) é uma jogadora de voleibol brasileira. Atua na posição de oposto e atualmente atua no Itambé/Minas, atual campeão da Superliga Feminina de vôlei e no qual iniciou a sua carreira[1]. É uma das atletas mais vitoriosas da história do esporte brasileiro, vencedora de 2 medalhas de ouro olímpicas,[2] sendo considerada por muitos especialistas como uma das maiores jogadoras de voleibol de todos os tempos. [3]


Biografia e carreira


Infância e adolescência

Filha de pais divorciados, Sheilla foi criada pelos avós desde os três anos de idade. Aos seis anos, se mudou para o bairro de Lourdes, em frente ao Minas Tênis Clube, estimulando-a a praticar esportes diariamente.[4] Os primeiros contatos com o vôlei foram muito cedo, nas aulas de educação física no Instituto Izabela Hendrix. Em pouco tempo Sheilla já jogava no time do colégio. Aos 13 anos, incentivada pelo técnico e professor do colégio, Olyntho Nunes de Avelar Júnior, fez um teste no Mackenzie Esporte Clube.[5]

Clubes

Após entrar no Mackenzie em 1997, as atuações no clube levaram Sheilla à primeira convocação para a Seleção Mineira juvenil. A partir daí, Sheilla defendeu o Estado de Minas Gerais em muitas oportunidades, sagrando-se Campeã Brasileira pela primeira vez em 2000. Logo foi convocada para a Seleção Brasileira Juvenil, onde foi Campeã Sul Americana e Mundial. Bernardinho abordou Sheilla a se unir ao Paraná Vôlei Clube, mas o Mackenzie vetou a proposta.[5][6]

No fim do ano 2000, com apenas 17 anos, Sheilla se transferiu para o o outro time de Belo Horizonte, o MRV/Minas de Fofão e Cristina Pirv,[6] onde atuou por 4 temporadas. Em 2002, era campeã da Superliga. Em 2004, depois de ter se destacado na equipe, Sheilla aceitou um novo desafio: atuar na Itália. Foi contratada pelo Scavolini Pesaro, uma das principais equipes da liga Italiana.[5]

Mais tarde no Pesaro teve a companhia da ponteira da seleção brasileira Marianne Steinbrecher (Mari), e a liderança de tanto o técnico da seleçãoJosé Roberto Guimarães, como seu auxiliar e preparador físico do time, o também brasileiro Ângelo Vercesi. Foi sob o comando de Ângelo que Sheilla sagrou-se campeã do Campeonato Italiano de vôlei e da Copa CEV na temporada 2007/2008.[7]

Em 2008, a atleta voltou ao Brasil para defender a equipe do São Caetano/Blausiegel, juntamente com as companheiras de seleção Mari e Fofão, onde permaneceu pelas temporadas de 2008/2009 e 2009/2010. A equipe do ABC paulista ficou na 3ª colocação da Superliga em ambas as temporadas. Já na Superliga 2010/2011, com o fim da parceria do time de São Caetano com a empresa de medicamentos Blausiegel, Sheilla e Mari se transferiram para a equipe do Unilever/Rio de Janeiro, onde sob o comando de Bernardinho e junto com duas jogadoras da seleção - a líbero Fabi e a levantadora Dani Lins - foram campeãs da Superliga 2010/2011 sobre o Osasco. Na temporada seguinte foram vice-campeãs perdendo para o mesmo Osasco.

Após a final, Sheilla acertou sua transferência para o Sollys/Osasco, onde foi campeã sul-americana e mundial de clubes, inclusive sendo eleita a melhor jogadora do Mundial.[6][8] Na temporada 2014/2015, jogou pela equipe do VakıfBank da Turquia.[9]

Seleção

Quando a seleção brasileira sofreu uma crise, no início dos anos 2000, com as então principais jogadoras da seleção pediram dispensa, por problemas de relacionamento com o técnico Marco Aurélio Motta, Sheilla teve a oportunidade de disputar seu primeiro Campeonato Mundial, no ano de 2002. Mas, por contar com jogadoras muito jovens e inexperientes, o Brasil não fez um bom campeonato, amargando a sétima colocação. Com a saída de Marco Aurélio, o técnico José Roberto Guimarães assumiu o posto de comandante da seleção em 2003.A jogadora chegou a participar de alguns campeonatos com a seleção no mesmo ano , mais acabou fora da lista final e não foi as Olimpíadas de Atenas 2004.[10]

Mais tarde, em 2005, a seleção passou por uma inteira renovação, Sheilla foi reconvocada e se destacou na seleção, ajudando na conquista de todos os títulos disputados naquele ano, sendo eleita melhor jogadora em duas competições e ganhando a confiança da torcida. Em 2006, pela Seleção Brasileira mais uma vez deu show e foi bicampeã do Grand Prix e eleita a melhor jogadora do torneio. No mesmo ano, foi vice-campeã mundial, sendo a maior pontuadora do Brasil na competição.[10]

O ano de 2007 foi o ano da decepção, nenhum título pela Seleção Brasileira, sendo o maior destaque a terrível derrota na final do Pan do Rio de Janeiro 2007 para a renovada Seleção de Cuba. A seleção ficou com a medalha de prata na Copa do Mundo de Vôlei, que classificou o time automaticamente para as Olimpíadas de Pequim.[10]

Em 2008, Sheilla foi campeã do Grand Prix de Voleibol de 2008 e do torneio de voleibol olímpico. Nas Olimpíadas, foi a maior pontuadora brasileira, e ficou na lista das dez melhores atacantes e das cinco melhores bloqueadoras do torneio.[10]

Depois de ganhar os Jogos Pan-Americanos de 2011, a seleção teve desempenhos abaixo da média nos outros torneios do ano e da primeira metade de 2012, se classificando para as Olimpíadas de Londres apenas na eliminatória sul-americana. Apesar de chegar desacreditada a Londres e beirar a desclassificação na primeira fase, Sheilla ajudou a seleção a chegar ao bicampeonato olímpico, sendo escolhida como Melhor Sacadora da competição.[11] No final de 2012, foi eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro a Melhor Atleta do Ano, em votação popular.[12]Após chegar como uma das favoritas ao tricampeonato olimpico na Rio2016 a seleção brasileira acabou sendo superada pelas chinesas nas quartas de finais da olimpíada, logo após a derrota Sheilla anunciou que estava deixando a seleção feminina, com 14 anos na seleção e vários títulos ela e sua amiga Fabiana se despediram em uma dolorosa derrota, que ficaria marcada pra sempre na história da geração mais vitoriosa do vôlei feminino do Brasil.

No final de 2019, Sheilla voltou para a seleção, disputando o Campeonato Sul-Americano de Voleibol Feminino e a Copa do Mundo de Voleibol Feminino como reserva.


Vida pessoal


Em 20 de Abril de 2013 casou-se com Brenno Blassioli, um ex-jogador e técnico de basquete do Esporte Clube Pinheiros, hoje empreendedor, com quem namorava desde 2011.[13] No dia 05 de novembro de 2018, nasceram suas filhas gêmeas Liz e Ninna.


Clubes


ClubePaísDeAté
Mackenzie Brasil19972000
MRV/Ponte Preta[14] Brasil2001
Minas Brasil20012004
Pesaro Itália20042008
São Caetano Brasil20082010
Rio de Janeiro Brasil20102012
Osasco Brasil20122014
VakıfBank Turquia20142016
Minas Tênis Clube (voleibol feminino) Brasil20192020
Athletes Unlimited Estados Unidos2021-


Títulos


Seleção
Clubes

Títulos individuais


Referências


  1.  https://www.otempo.com.br/superfc/v%C3%B4lei/itamb%C3%A9-minas-anuncia-a-contrata%C3%A7%C3%A3o-da-oposta-e-bicampe%C3%A3-ol%C3%ADmpica-sheilla-1.2186058
  2.  Lepiani, Giancarlo (11 de agosto de 2012). «Brasil é bi no vôlei feminino olímpico e Zé Roberto é o 1º tri»VejaEditora Abril. Consultado em 23 de agosto de 2017Cópia arquivada em 23 de agosto de 2017
  3.  Canossa, Carolina (24 de março de 2011). «Estrela do vôlei brasileiro, Sheilla fala sobre carreira, amizades, inimizades, vaidades e TPM ao R7»R7Grupo Record. Consultado em 23 de agosto de 2017. Arquivado do original em 19 de maio de 2011
  4.  Brasil, Luisa. Treze belo-horizontinos compartilham suas memórias de infância em BH Arquivado em 19 de agosto de 2014, no Wayback Machine., Veja BH.
  5. ↑ Ir para:a b c Drummond, Ivan. Menina de ouro[ligação inativa]Estado de Minas, 14/07/2012
  6. ↑ Ir para:a b c Drummond, Ivan. O mundo aos pés da mineirinha[ligação inativa]Estado de Minas, 21/10/2012
  7.  “Points machine” Sheilla Castro: Grandma lays the foundation for an amazing career
  8.  «Esporte: Sheilla Castro». Consultado em 14 de agosto de 2014. Arquivado do original em 19 de agosto de 2014
  9.  Após curtir férias em Paris, Sheilla é apresentada no Vakifbank da Turquia
  10. ↑ Ir para:a b c d Atletas Brasileiros: SheillaUOL Olimpíadas
  11.  Freitas, Bruno. Festa para a capitã em Santa Luzia[ligação inativa]Estado de Minas
  12. ↑ Ir para:a b [1],
  13.  Sheilla se casa e companheiras de seleção são as madrinhas.
  14.  «Divisão Especial 2001 - Equipes»www.fpv.com.br. Consultado em 21 de maio de 2018
  15.  http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/09/brasil-embolsa-china-acaba-com-jejum-e-e-eneacampeao-do-grand-prix.html
  16.  «Women's Volleyball - OLympic Volleyball - London 2012»London2012.com. Consultado em 12 de agosto de 2012
  17.  «Brazil's ladies target World Championship glory»FIVB. 26 de agosto de 2014. Consultado em 28 de agosto de 2014
  18.  Gabriel Rodrigues, João (10 de julho de 2016). «Natália é eleita a melhor do Grand Prix; Thaísa e Sheilla entram na seleção»globoesporte.comGrupo Globo. Consultado em 3 de fevereiro de 2017Cópia arquivada em 13 de julho de 2016



Ligações externas



Wikipédia

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