Hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a manutenção de muitas estatais é "pretexto para a corrupção" e defendeu, pelo menos, quatro grandes privatizações "óbvias": Correios, Eletrobrás, PPSA (estatal do pré-sal) e Porto de Santos. As declarações foram em coletiva de imprensa de balanço de ações da pasta e de prioridades para 2021.
"A Eletrobrás precisa de 17 bilhões de investimento por ano. Ou continua estatal sem recursos para investir ou abre e tem recursos. Os Correios é outro caso. É importante salvar os Correios antes que ele perca a funcionalidade. Se fizermos a privatização, vamos garantir a aposentadoria de 100 mil carteiros brasileiros que têm aposentadoria ameaçada por corrupção no Postalis. A PPSA é uma holding que segura contratos de petróleo que são convites à corrupção. Então, todo ano tem pretexto pra corrupção", relatou Guedes.
Sobre a dificuldade de andamento da agenda de privatizações, Guedes classificou como uma "disfuncionalidade" entre os interesses do governo eleito e de quem pauta a Câmara. "Eu acredito que há uma disfuncionalidade no sistema hoje. Quem ganhou duas eleições seguidas foi a centro-direita e quem comanda a pauta da Câmara é a centro-esquerda. Não é razoável que um governo que ganhou duas eleições, a presidencial e o eixo político do governo a municipal, não consiga pautar", reclamou.
Gazeta do Povo
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