sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Melo quer definir posição sobre impacto da Covid-19

 Na campanha, prefeito eleito de Porto Alegre disse que nenhum negócio ficaria fechado. Hoje, disse que lockdown não é adequado



O prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), espera ter um posicionamento definitivo sobre o funcionamento de estabelecimentos comerciais em 2021. Defensor da abertura total da atividade econômica durante a pandemia, desde que obedecendo protocolos sanitários, Melo afirmou diversas vezes durante a campanha eleitoral que, se eleito, não haveria negócios fechados a partir de 1º de janeiro de 2021. 

As restrições, no entanto, aumentaram nos últimos dias, em função da elevação no número de casos e da ocupação das vagas nos hospitais, e o governador Eduardo Leite (PSDB) suspendeu o modelo de cogestão dos prefeitos gaúchos, que deverão seguir as orientações do Palácio Piratini. 

“Vamos ver se o governador vai manter, acho que podemos conversar isso mais afinadamente lá pelo dia 20”, disse o prefeito eleito, que afirmou que a cidade não vive uma segunda onda da Covid-19, mas um “repique” da primeira onda. Melo ressaltou que até janeiro as decisões são do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e, quando questionado se as festas de fim de ano não podem piorar a situação da doença na Capital, respondeu: “Vamos fazer todas as rezas possíveis para que não”. 

Nesta quinta-feira, Melo esteve reunido com economistas e representantes de entidades médicas como Cremers, Simers, Amrigs e Sindihospa. Segundo ele, houve um entendimento de todos de que não é adequado um lockdown. “O caminho é ter protocolos bem feitos, e não fazer a cidade parar”, explicou. Afirmou que analisa cada um dos atuais decretos municipais e que, na segunda-feira, se reunirá com o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, para detalhar as medidas em andamento.

Pela manhã, Melo esteve reunido com os vereadores para tratar do projeto Imesf. A proposta tratava da manutenção e restituição dos empregos públicos dos trabalhadores do Instituto e foi retirado de votação à tarde por vereadores.

Correio do Povo

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