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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Governo do RS suspende cogestão e aumenta restrições a regiões na bandeira vermelha

 Governador Eduardo Leite pediu esforço da população por “um Natal com menos restrições”



Após definir que 19 das 21 regiões do Estado estarão em bandeira vermelha no modelo de Distanciamento Controlado, o governo gaúcho anunciou medidas mais restritivas a cidades que estão em zonas consideradas de alto risco de transmissão para o coronavírus. Entre elas estão a suspensão de festas de fim de ano, o incentivo a restrições de encontros familiares, fechamento de atividades em espaços públicos e limitação no horário de comércio, bares e serviços de delivery, entre outros pontos. 

Em transmissão no fim da tarde desta segunda-feira, o governador Eduardo Leite enfatizou também a necessidade de colaboração da população para conter o avanço do coronavírus, que teve aceleração nas últimas semanas. De maneira a uniformizar as ações, foi suspenso o modelo de cogestão do Distanciamento Controlado, fazendo com que os municípios devam seguir as orientações do Piratini. 

As medidas estarão detalhadas em um decreto a ser publicado até esta terça-feira e, a princípio, valerão por duas semanas. Após o período, serão reavaliadas. “Se a gente quebra esse ciclo agora, vai ter menos pessoas contaminadas no Natal, e poderemos ter um Natal com menos restrições”, justificou Leite.

• Medidas emergenciais: 

- Reforço na campanha de comunicação
- Apoio da Brigada Militar na fiscalização dos protocolos e criação de canais específicos para denúncias de aglomeração
- Suspensão das festas e eventos de fim de ano. 
- Incentivo à restrição de reuniões privadas e familiares, sugerindo um limite de até 10 pessoas, excluídas crianças e jovens de até 14 anos 

• Diretrizes para bandeira vermelha

- Restrição de horário do comércio: até 20h
- Bares e restaurantes poderão funcionar até as 22h, com clientes somente sentados e com dois metros de distância entre si. Mesas poderão ter até seis pessoas e fica proibida a música ao vivo ou ambiente. 
- Locais abertos poderão seguir funcionando, com controle de acesso e sem alimentação
- Vedado o funcionamento em locais fechados, como teatros, cinemas e casas de shows. 
- Eventos sociais como casamentos, festas, formaturas e aniversários estão vedados
- Áreas comuns em clubes e condomínios (brinquedos, salões de festas, piscinas, quadras e churrasqueiras compartilhadas) ficam vedadas

Eduardo Leite, que na última sexta-feira definiu o atual momento como uma segunda onda de Covid-19 no RS, pediu apoio da população para frear as infecções. Ele citou que a perspectiva de vacina pode ter provocado algum relaxamento, mas enfatizou: “Não há perspectiva de imunização para toda a população antes do segundo semestre”. 

Quanto aos ajustes, o governador frisou que as medidas foram pensadas para ter “o mínimo de impacto possível” na economia. Sobre as aulas, elas seguirão autorizadas no formato presencial, para, de acordo com ele, evitar danos psicológicos e pedagógicos aos alunos.

Nesta terça-feira, o Rio Grande do Sul chegou à marca de 6.813 mortes relacionadas à Covid-19. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o Estado passou de 322 mil contágios confirmados de coronavírus. A média móvel de novos casos vem crescendo com maior consistência desde o início deste mês, mas desde outubro já havia interrompido a sequência de queda nos números. 

Coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos chegou a falar durante a transmissão que agora é o “pior momento da pandemia” e explicou que as medidas foram pensadas após análise das ações tomadas por outros países que enfrentam a segunda onda de contágios de coronavírus.

Leany ressaltou o entendimento com a Famurs em prol das restrições, o que foi corroborado pelo presidente da federação dos municípios: “O momento nos exige unidade, por isso concordamos, por unanimidade, com as propostas apresentadas pelo governador”, afirmou o presidente da Famurs, Maneco Hassen.

Correio do Povo

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