sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Decreto do governo do RS autoriza ampliação da capacidade no transporte metropolitano

 Está permitida a ocupação total dos assentos nos veículos executivos e até 70% de ocupação das linhas comuns



Apesar das mudanças anunciadas no modelo de Distanciamento Controlado, como a suspensão temporária do sistema de cogestão e alterações em protocolos de bandeira vermelha (risco epidemiológico alto), o governo gaúcho publicou decreto na quarta-feira que permite ampliação do limite de lotação do transporte metropolitano. Com a medida, fica permitida a ocupação total dos assentos nos veículos executivos e até 70% de ocupação das linhas comuns, nos mesmos moldes do funcionamento em bandeira laranja. 

A medida atende a um pedido da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). Dirigentes da entidade se reuniram ainda na terça-feira com representantes do Gabinete de Crise para explicar a necessidade de manter o mesmo percentual de ocupação das linhas para poder atender à demanda de passageiros. Diretor de Transportes Metropolitanos da Metroplan, Francisco Horbe afirma que as novas restrições nos horários de funcionamento de setores como comércio e indústria têm pouco impacto.

Horbe ressalta que a medida visa atender à demanda de trabalhadores do comércio e da indústria. A diretoria da Metroplan reforça que a partir do dia 20 deste mês há redução 'natural' de passageiros devido à proximidade do Natal e do Ano-Novo. "Em média, fazemos 5 mil viagens por dia, o que equivale a transportar 180 mil passageiros na Região Metropolitana. Estamos no limite operacional por conta das restrições", observa.

O dirigente alerta que não houve redução da demanda pelos serviços e que as empresas lutam para manter os 6 mil funcionários. "Não teríamos capacidade de atender só pessoas sentadas. Por isso solicitamos ao Gabinete de Crise que mantivéssemos as mesmas capacidades para transporte da bandeira laranja", afirma. Conforme Horbe, se as empresas tivessem que reduzir capacidade dos veículos seriam necessárias mais mil viagens por dia. "E não temos capacidade", completa.


Correio do Povo

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