sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Cidadania promete acionar Conselho do partido contra Fernando Cury por assédio

 Cury é acusado de assediar a deputada Isa Penna, do PSol, durante sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo



O partido Cidadania afirmou na noite desta quinta, que acionará o Conselho de Ética da legenda contra o deputado estadual Fernando Cury, acusado de assediar a deputada Isa Penna, do PSol, durante sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ato foi flagrado em vídeo.

"Com relação ao episódio envolvendo o deputado estadual Fernando Cury, o Cidadania analisando as imagens, exige as devidas explicações do parlamentar e encaminha o caso ao nosso Conselho de Ética, para que ouvido o representado, sejam tomadas providências cabíveis e efetivas", afirmou o Cidadania. "A legenda não tolera qualquer forma de assédio e atuará fortemente para que medidas definitivas sejam adotadas. Temos uma história de luta em defesa dos direitos da mulher que nenhuma pessoa pode macular".

A nota foi assinada pelos presidentes estadual e nacional da legenda, Arnaldo Jardim e Roberto Freire, respectivamente.

O episódio foi transmitido ao vivo pelo canal da Alesp no Youtube e ocorreu na quarta. Nas imagens, Isa Penna é vista conversando com o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), quando Cury se aproxima da Mesa Diretora, se posiciona atrás da deputada e coloca a mão na lateral de seus seios. Isa empurra o deputado para afastá-lo em seguida.

Nas redes sociais, Isa afirmou que registrou um boletim de ocorrência sobre o episódio e fará uma representação contra Cry. "Ontem, aqui nessa Casa, na frente da sua Mesa, eu fui assediada. Eu fui apalpada na lateral do meu corpo pelo deputado Fernando Cury, do partido Cidadania. Certamente não é um caso isolado. A gente vê a violência política e institucional a todo momento contra as mulheres. O que dá o direito a alguém de encostar em uma parte do meu corpo íntima?", escreveu a deputada.

Fernando Cury afirmou durante a sessão desta quinta que está 'constrangido' e 'triste' e se desculpou pelo que chamou de 'abraço'. "Gostaria de frisar que não houve, de forma alguma, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa", afirmou. "Eu nunca ia fazer isso na frente de 100 deputados".

Em nota, a Alesp disse que o Conselho de Ética da Casa irá avaliar o caso.


Agência Estado e Correio do Povo

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