De acordo com o estudo publicado pela Ipsos Global Advisor, 78% dos brasileiros concordam em se vacinar contra o coronavírus
A China lidera os países onde é mais provável que as pessoas se vacinem (80%), à frente de Brasil (78%) e Reino Unido (77%), que iniciou a vacinação em 8 de dezembro, aponta uma pesquisa publicada, nesta terça-feira, pelo Ipsos Global Advisor, em associação com o Fórum Econômico Mundial.
Estados Unidos, onde também teve início uma enorme campanha de vacinação, é o único país onde as intenções de vacinação estão aumentando (69% hoje, 64% em outubro). Apenas quatro em cada dez franceses querem se vacinar contra a Covid-19, de acordo com o estudo que mostra a França como o "campeão mundial" dos países refratários, à frente da Rússia e da África do Sul.
Na França, onde acaba de começar a campanha de vacinação, 40% das pessoas entrevistadas concordariam em se vacinar contra a Covid-19, de acordo com este estudo. Uma quantidade muito baixa em comparação com um estudo anterior publicado em outubro (54% queriam se vacinar) e inclusive ainda mais em comparação com agosto (59%).
A França não é o único país onde as intenções de vacinação são relativamente baixas. Segundo o estudo do Ipsos Global Advisor, somente 43% dos russos estão prontos para receber a vacina, e 53%, dos sul-africanos. Depois deles, vêm Japão (60%), Itália e Espanha (62%) e Alemanha (65%).
Nos países em que a pesquisa foi aplicada, o principal motivo dos refratários é o medo dos efeitos colaterais (80% na Coreia do Sul, 76% no Japão, 72% na França). A dúvida sobre a eficácia é a segunda razão em muitos países. Em terceiro, está a oposição geral às vacinas, que preocupa aproximadamente um quarto da população entrevistada na Rússia (26%) e África do Sul (23%), mas menos de 10% na Coreia do Sul (7%), Japão (8%) e China (9%). Na França, 14% das pessoas entrevistadas dizem ser contra as vacinas em geral.
O estudo foi realizado em 15 países pela plataforma on-line Ipsos Global Advisor entre 17 e 20 de dezembro com uma amostra de 13.542 adultos (incluindo cerca de mil franceses de 18 a 74 anos).
AFP e Correio do Povo
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