1 - DECISÃO HISTÓRICA Nunca na história americana houve uma eleição como a desta terça-feira. A disputa presidencial dos Estados Unidos acontece oficialmente hoje, embora 97 milhões já tenham votado. De um lado, o presidente Donald Trump, do outro, o democrata Joe Biden, ex-vice de Barack Obama. Com dois terços dos que já votaram tendo enviado votos pelo correio, o resultado pode demorar dias ou até semanas. Um dos questionamentos é a chance de que
Trump declare vitória já na noite de hoje, mesmo sem a apuração encerrada. Essa incerteza, combinada com a polarização da política do país e as acusações de fraude, pode se traduzir em confrontos violentos nas ruas. Modelos estatísticos indicam que Biden tem maiores probabilidades de vencer, estando
pouco à frente nos estados decisivos. O site FiveThirtyEight calcula que, para Trump vencer, as pesquisas precisam errar mais do que em 2016.
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2 - O RUMO DA BOLSAInvestidores em todo o mundo aguardam o desfecho das eleições americanas para reposicionar seus portfólios. A avaliação consensual de última hora aponta que uma vitória do democrata Joe Biden por ampla margem poderá desencadear uma valorização das ações no curto prazo, diante da
expectativa de aprovação de um novo pacote de estímulos à economia. Isso caso os republicanos mantenham o controle do Senado. Em caso de "onda azul" (com os democratas tendo controle do Senado e da Câmara), as ações podem recuar 5% até o fim do ano, segundo estrategistas do Morgan Stanley. A expectativa nesse caso seria de uma aprovação de aumento de impostos sobre as empresas. Já vitória de Trump valorizaria o S&P500 em 14%. Há ainda outros desfechos na mesa.
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3 - O QUE MUDA NAS BIG TECHS?Entre as discussões sobre saúde, o novo coronavírus, economia e algumas farpas trocadas nos debates, um assunto diferencia pouco Joe Biden de Donald Trump: são seus posicionamentos sobre as
big techs, as gigantes americanas da área de tecnologia. Com Trump, há um
embate sobre a regulação de conteúdo e acusações de que as plataformas têm preconceito contra conservadores. Mas a visão de Biden também é crítica ao poder de mercado das big techs, com possíveis
ações mais rígidas de regulação. O próprio comitê antitruste que acusou as gigantes de monopólio nas últimas semanas foi criado pelos democratas. Ainda assim, pesquisa com os funcionários e executivos das gigantes do Vale do Silício mostram que as contribuições para a campanha de Biden foram 20 vezes maiores.
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4 - E O BRASIL?O Brasil também está com o seu futuro em jogo hoje. A vitória de qualquer um dos candidatos pode significar turbulências e perdas para os negócios brasileiros. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tem cedido aos interesses dos americanos nas relações comerciais com Donald Trump, Joe Biden
ameaçou o Brasil com sanções caso o país não proteja a Amazônia. Um exemplo de política do Brasil sob Trump, questionada por empresários brasileiros, foi a decisão de estender medida que zero o imposto sobre etanol americano, contrária ao desejo da bancada ruralista e de associações do setor. Já o futuro da relação dos EUA com a China pode ter algum impacto positivo nas exportações nacionais. China e EUA são respectivamente primeiro e segundo maior parceiro comercial do Brasil.
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