terça-feira, 3 de novembro de 2020

Bolsas, big techs, impactos para o Brasil: o essencial sobre a eleição Trump vs. Biden

 

É volta de feriado na bolsa no Brasil, dia de eleição presidencial nos EUA. Joe Biden está à frente nas pesquisas, mas o sistema eleitoral americano faz a disputa ser muito mais apertada do que parece. A Desperta traz os destaques da eleição para os negócios brasileiros, as empresas de tecnologia e a bolsa. Boa leitura.

Comício de Donald Trump em último dia de campanha: o dia D nesta terça-feira | Tom Brenner/Reuters
 
1 - DECISÃO HISTÓRICA 

Nunca na história americana houve uma eleição como a desta terça-feira. A disputa presidencial dos Estados Unidos acontece oficialmente hoje, embora 97 milhões já tenham votado. De um lado, o presidente Donald Trump, do outro, o democrata Joe Biden, ex-vice de Barack Obama. Com dois terços dos que já votaram tendo enviado votos pelo correio, o resultado pode demorar dias ou até semanas. Um dos questionamentos é a chance de que Trump declare vitória já na noite de hoje, mesmo sem a apuração encerrada. Essa incerteza, combinada com a polarização da política do país e as acusações de fraude, pode se traduzir em confrontos violentos nas ruas. Modelos estatísticos indicam que Biden tem maiores probabilidades de vencer, estando pouco à frente nos estados decisivos. O site FiveThirtyEight calcula que, para Trump vencer, as pesquisas precisam errar mais do que em 2016. Leia mais


2 - O RUMO DA BOLSA

Investidores em todo o mundo aguardam o desfecho das eleições americanas para reposicionar seus portfólios. A avaliação consensual de última hora aponta que uma vitória do democrata Joe Biden por ampla margem poderá desencadear uma valorização das ações no curto prazo, diante da expectativa de aprovação de um novo pacote de estímulos à economia. Isso caso os republicanos mantenham o controle do Senado. Em caso de "onda azul" (com os democratas tendo controle do Senado e da Câmara), as ações podem recuar 5% até o fim do ano, segundo estrategistas do Morgan Stanley. A expectativa nesse caso seria de uma aprovação de aumento de impostos sobre as empresas. Já vitória de Trump valorizaria o S&P500 em 14%. Há ainda outros desfechos na mesa. Leia mais sobre as projeções para os mercados


3 - O QUE MUDA NAS BIG TECHS?

Entre as discussões sobre saúde, o novo coronavírus, economia e algumas farpas trocadas nos debates, um assunto diferencia pouco Joe Biden de Donald Trump: são seus posicionamentos sobre as big techs, as gigantes americanas da área de tecnologia. Com Trump, há um embate sobre a regulação de conteúdo e acusações de que as plataformas têm preconceito contra conservadores. Mas a visão de Biden também é crítica ao poder de mercado das big techs, com possíveis ações mais rígidas de regulação. O próprio comitê antitruste que acusou as gigantes de monopólio nas últimas semanas foi criado pelos democratas. Ainda assim, pesquisa com os funcionários e executivos das gigantes do Vale do Silício mostram que as contribuições para a campanha de Biden foram 20 vezes maiores. Leia mais.


4 - E O BRASIL?

O Brasil também está com o seu futuro em jogo hoje. A vitória de qualquer um dos candidatos pode significar turbulências e perdas para os negócios brasileiros. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tem cedido aos interesses dos americanos nas relações comerciais com Donald Trump, Joe Biden ameaçou o Brasil com sanções caso o país não proteja a Amazônia. Um exemplo de política do Brasil sob Trump, questionada por empresários brasileiros, foi a decisão de estender medida que zero o imposto sobre etanol americano, contrária ao desejo da bancada ruralista e de associações do setor. Já o futuro da relação dos EUA com a China pode ter algum impacto positivo nas exportações nacionais. China e EUA são respectivamente primeiro e segundo maior parceiro comercial do Brasil. Leia mais
 
Confira os outros destaques da eleição americana:

Na expectativa pelas eleições, as bolsas na Europa e na Ásia registraram alta na madrugada desta terça-feira. Na agenda de hoje para o Brasil, são esperados os balanços de Itaú e TIM. Veja o que está no radar

Começa a funcionar nesta terça-feira o PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. Por ora, é só para alguns clientes das mais de 700 instituições cadastradas. Veja como vai funcionar.

A Ânima informou que assinou o contrato de compra de todos os ativos brasileiros da Laureate, por 4,4 bilhões de reais.

Como já informado, a Ser, que encerrou a disputa pela Laureate, receberá 180 milhões de reais em multa da Ânima por não ter consumado a compra. 

Ao menos quatro pessoas morreram em um atentado no centro de Viena, na Áustria. O governo austríaco afirma que o responsável, que também foi morto, era um simpatizante do Estado Islâmico. 

O número de vítimas da covid-19 no Brasil chegou a 160.000 pessoas. No boletim de segunda-feira, foram 179 novas mortes e mais de 8.000 novos casos. A média móvel de mortes, de 403, é a menor desde 4 de maio. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, continua internado no Hospital das Forças Armadas. Ele foi diagnosticado com covid-19 há 13 dias. Segundo boletim médico, o ministro está bem, mas continuará sendo monitorado. 

O Pantanal e a Amazônia tiveram novos recordes de queimadas. No Pantanal, o número de focos de incêndio de outubro foi o maior da história para o mês.
 

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A startup de educação Amigo Edu criou um "Enem" para as faculdades privadas.

O tecido de colchão que consegue matar o coronavírus em um minuto.

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A apresentadora Ana Maria Braga fez nesta segunda-feira uma emocionante homenagem a Tom Veiga, intérprete do personagem Louro José
 
 
Como você vai assistir à eleição americana? Para ajudar os leitores a navegar pelos principais fatos da apuração para além do óbvio, a EXAME preparou uma programação especial com Maurício Moura, do IDEIA, e o jornalista Sérgio Teixeira Jr., que cobre a eleição americana a partir de Nova York. Os convidados discutem os primeiros resultados ao vivo a partir das 22h. Não perca: acione o lembrete no YouTube e veja a programação completa aqui.
Bolsa
HOJE | Xangai / +1,42%
Tóquio / +1,39%
Londres / +1,76% (às 7h)
Petróleo Brent / 40,25 dólares (+3,28%)

ONTEM | S&P 500 / +1,23%


SEXTA | Ibovespa / -2,72%
Dólar / 5,74 reais (-0,47%)
A temporada de contagem regressiva para as eleições americanas teve uma torrente de livros sobre os ocupantes da Casa Branca: de Raiva, do jornalista Bob Woodward sobre Trump, às memórias de Barack Obama em Uma Terra Prometida. A EXAME listou os principais livros do ano sobre os ex-presidentes, em ebook ou em pré-venda no Brasil. E para quem prefere o audiovisual, estes cinco documentários disponíveis por streaming também ajudam a entender o cenário político americano e o processo eleitoral deste ano. 
Biblioteca presidencial: o ano foi marcado por lançamentos de livros sobre os ex-presidentes | Montagem/EXAME/Divulgação

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