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sábado, 31 de outubro de 2020

Trump e Biden aceleram a quatro dias das eleições nos EUA

 Presidente programou três atos em Michigan, Wisconsin e Minnesota, enquanto seu rival aparecerá em Iowa, Minnesota e Wisconsin



Donald Trump e Joe Biden multiplicam seus comícios nesta sexta-feira, a três dias da eleição presidencial dos Estados Unidos, depois que ambos cortejaram na quinta-feira os eleitores na Flórida, um dos mais preciosos estados-chave. O presidente republicano programou três atos em Michigan, Wisconsin e Minnesota, enquanto seu rival democrata aparecerá em Iowa, Minnesota e Wisconsin.

Como na quinta-feira na Flórida, um estado crucial, ambos coincidirão em alguns estados quatro dias antes de os americanos decidirem qual deles entrará na Casa Branca em janeiro. Os cidadãos da Flórida puderam ver seus diferentes estilos e estratégias na quinta-feira, e principalmente suas divergências sobre como lidar com a pandemia do coronavírus.

Muito menos ativo que seu rival, o democrata Biden, de 77 anos, reduziu as saídas de seu feudo em Delaware e fez questão de dar o exemplo diante da covid-19. "Donald Trump mais uma vez realizou um evento de ultrapropagação", disse Biden na segunda-feira em um evento chuvoso em Tampa, a 20 minutos de onde Trump havia falado algumas horas antes.

"Ele espalha mais o coronavírus. Ele espalha divisão e discórdia. Precisamos de um presidente para nos unir", disse.  Usar máscara, respeitar a distância física "não é assumir uma posição política. É um dever político! É um dever patriótico!", frisou diante de centenas de pessoas que o ouviam de seus carros, uma modalidade de sua campanha.

"Vou implementar um plano para administrar esta pandemia de forma responsável, unir o país com testes, rastreamento de contatos e máscaras", disse o ex-vice-presidente de Barack Obama.

Os Estados Unidos enfrentam o ressurgimento da pandemia. Entre quarta e quinta-feiras, foram registrados 90 mil novos casos, o que é outro recorde, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins. Em contrapartida, Trump, de 74 anos, irrita-se abertamente com a atenção, em sua opinião exagerada, que se tem dispensado a esse vírus que causou quase 228 mil mortes nos Estados Unidos.

O presidente que mobiliza multidões, na maioria das vezes sem se preocupar em usar máscara, ou evitar se distanciar do povo, faz do tamanho de suas mobilizações o principal trunfo de sua campanha. Ele zomba de Biden, que considera incapaz de gerar tanto entusiasmo.

"Explosivo crescimento econômico"

"Em cinco dias venceremos a Flórida! Ganharemos mais quatro anos!", disse o presidente em Tampa. Excepcionalmente, foi acompanhado por sua esposa, Melania, que falou brevemente: "Um voto para o presidente Trump é um voto por uma América melhor", disse ela.

Trump se gabou do crescimento de 33,1% do PIB, em termos anuais, anunciado horas antes. "Estou muito feliz que aquele número fantástico do PIB foi divulgado antes de 3 de novembro", tuitou.

Mas essa taxa de crescimento, embora espetacular, foi seguida por uma queda, também histórica, de 31,4, anunciada na primavera boreal (outono no Brasil). O crescimento foi apoiado por ajuda do governo federal, cuja maior parte já expirou.

Biden, por sua vez, atacou os resultados econômicos de Trump, que são seu ponto forte, segundo as pesquisas. "Deixamos Donald Trump com uma economia sólida", disse ele em um evento ao norte de Miami. "E, como tudo o que ele herda, desperdiçou", disse.

Com problemas em Wisconsin e Michigan, dois estados em que venceu Hillary Clinton por pouco em 2016, Trump não pode perder na Flórida, pois sua candidatura à reeleição fracassaria. Uma vitória de Biden ali rapidamente encerraria o suspense do dia das eleições.

Os dois aparecem empatados nas pesquisas na Flórida, que tem 29 dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para chegar à Casa Branca.

AFP e Correio do Povo

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