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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Presidente eleito da Bolívia comemora "recuperação" da democracia

 Luis Arce celebrou, nesta quarta-feira, ao receber a credencial do TSE que o formaliza vencedor das eleições


presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, afirmou nesta quarta-feira que foi cumprida a tarefa de "recuperar" a democracia no país, quase um ano após o líder de seu partido, Evo Morales, deixar o poder em meio a uma revolta social, após acusações de fraude eleitoral.

"Foram onze meses de incerteza política para o povo boliviano e hoje pode estar tranquilo porque cumprimos a tarefa de recuperação da democracia", disse Arce, em uma declaração difundida pela assessoria de imprensa de sua campanha. "Estamos à espera dos atos protocolares que que nos possam passar o comando do governo do Estado Plurinacional da Bolívia" por um período de cinco anos, acrescentou.

As declarações do futuro presidente, que assumirá o cargo no domingo, 8 de novembro, foram dadas depois de o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) lhe entregar a credencial que o formaliza como o vencedor das eleições do último dia 18, com contundentes 55% dos votos.

Após o ato protocolar, Arce escreveu no Twitter: "Recebi a credencial que me credencia como Presidente eleito do Estado Plurinacional da #Bolivia. Ratifico o meu compromisso de trabalho e amor pela Pátria. Obrigado ao povo boliviano pela confiança. #VamosASalirAdelante" (Vamos sair adiante).



O presidente eleito, seu partido - o Movimento ao Socialismo (MAS) - e o ex-presidente Morales, refugiado na Argentina, defendem a ideia de que o governo de esquerda sofreu um golpe de Estado no ano passado.

Morales demitiu-se eu novembro de 2019, após uma violenta convulsão social no país, após as eleições presidenciais de 20 de outubro, nas quais uma auditoria da OEA encontrou "manipulação dolosa" a seu favor. Estas eleições foram anuladas e as autoridades eleitorais, detidas.

O presidente do TSE, Salvador Romero, disse no ato público de entrega de credenciais, que avançou-se na "delicada reconstrução da confiança cidadã na autoridade e nos processos eleitorais". No entanto, admitiu: "O caminho ainda é longo porque arrastamos o transtorno de descréditos e suscetibilidades passados".

AFP e Correio do Povo

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