Marchezan disse que Capital tem orçamento para aquisição da primeira vacina que for aprovada
O prefeito Nelson Marchezan manifestou-se na tarde desta quarta-feira sobre o cancelamento da compra de doses da vacina chinesa Coronavac pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a Prefeitura de Porto Alegre espera uma posição mais clara do governo federal sobre as decisões que levaram a suspensão do imunizante um dia após o Ministério da Saúde ter confirmado a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac.
"A nossa expectativa é que tenhamos o Programa Nacional de Imunização em relação ao Covid-19. A expectativa da Prefeitura, e imagino de todos os prefeitos e governadores conscientes, é que governo federal lidere isso e faça as aquisições de todas as vacinas daqueles fornecedores validados e as distribuições de acordo com ordens técnicas e critério científico, como faz com a vacina da Influenza", disse através de uma live no Facebook na tarde desta quarta-feira.
Ontem, o Ministério da Saúde realizou uma reunião em que estavam presentes o governador Eduardo Leite e o secretário de saúde municipal, Pablo Sturmer. Na ocasião foi divulgada a inclusão da Coronavac no Programa Nacional de Imunização, algo mudou hoje.
Marchezan ainda destacou que caso o governo federal não siga com o Programa Nacional de Imunização, a Prefeitura possui orçamento para aquisição da primeira vacina que for aprovada contra a Covid-19 através do Fundo Municipal de Combate ao Coronavírus (Funcovid-19), que conta com R$ 150 milhões. A lei complementar 887, que criou o fundo, foi sancionada em agosto pelo Executivo e serve para ações contra a doença. “Se o governo federal não realizar uma campanha, seja ele por motivo ideológico ou partidário, nós entendemos que é importante para a sociedade iniciar a imunização. Nós vamos buscar a vacina que seja validada cientificamente”, afirmou.
Stümer, que também participou da live com o prefeito, estimou que, com todas as iniciativas já iniciadas para a vacinação, Porto Alegre deve contar com algo suficiente para imunizar entre 600 mil e 700 mil pessoas contra a Covid-19. “É muito próximo do contingente que recebemos da vacina contra a Influenza.”
“Análise técnica e não política”
O governador gaúcho, Eduardo Leite, também se posicionou sobre a decisão do governo federal nesta quarta-feira. Leite defendeu que o medicamento precisa ter “análise eminentemente técnica (e não política!)” e que a inclusão de vacinas contra o novo coronavírus no Programa Nacional de Imunização só pode ser feita observando “viabilidade, segurança e agilidade para atender a população”.
Correio do Povo
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