Mercado de Campinas (SP) registrou R$ 81,48 na última terça-feira. Rio Grande do Sul acompanha movimento de alta
O preço da saca de 60 quilos de milho alcançou R$ 81,48 na última terça-feira, em Campinas (SP). O valor é considerado recorde real da série histórica do Cepea/Esalq/USP, iniciada em agosto de 2004. Até o momento (de 1/10 a 27/10), o preço médio é de R$ 71,11 a saca, valor 18,4% maior que o do mês passado e 45,6% superior ao do mesmo período de 2019. No Rio Grande do Sul, o grão também acompanha movimento de alta nas cotações. O preço médio da saca foi de R$ 64,38 na semana passada, número 17% superior ao mês passado e 86,1% maior que o mesmo período de 2019, segundo o Informativo Conjuntural da Emater-RS/Ascar.
Os pesquisadores do Cepea justificam este cenário pela maior paridade de exportação, por conta das valorizações internacionais e do dólar, e por aquecidas demandas doméstica e externa. Muitos vendedores já estão, inclusive, limitando novas ofertas por causa da baixa disponibilidade do cereal e dos possíveis impactos do clima na próxima safra, devido à previsão de La Niña, o que acaba sustentando a alta de preço.
Em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, há compradores que já têm dificuldade em encontrar milho. A busca está se direcionando ao Mato Grosso do Sul, Paraná e países vizinhos, como o Paraguai. No dia 16 de outubro, o governo federal suspendeu temporariamente as tarifas de importação de milho e de soja, a fim de evitar prejuízos maiores no setor avícola e outras cadeias dependentes dos grãos.
Correio do Povo
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