Pinto Silva Carlos Alberto [1]
“A quase totalidade dos políticos atuantes é
formada por progressistas de viés esquerdista que agem com astúcia para
promover as transformações planejadas por Marx e pensadores de teorias
paralelas”[2].
1.
GENERALIDADES.
Uma estratégia
de guerra
russa no século XXI deu início a um novo paradigma, no qual os estados estão
em conflito permanente entre si, na defesa de seus interesses, e operando nas
sombras.
Em outras palavras, enquanto presenciamos uma
relativa redução na violência militar, estamos evidenciando, definitivamente,
um aumento na violência política, econômica e tecnológica.
Os conceitos de que guerra e paz são parte do mesmo fluxo
das relações internacionais. O mundo
agora está em um estado de luta incessante, a paz é relativa, não há inimigo e sim estados com ações hostis
em defesa dos seus interesses.
É a "Guerra Política", conceituada por
George Kennan como "o uso de todos os meios disponíveis de uma nação
para alcançar objetivos nacionais sem entrar em guerra (aquém da guerra).
Nesse
conceito o centro de gravidade da ação deve estar voltado a
desestabilizar o governante, desacreditar autoridadese em criar o caos na
sociedade, sucedendo-se a crise política.
A ideia
é implodir um estado via convulsão social e ampliar espectro do
conflito, para incluir várias ferramentas do poder nacional.
Significa que todos os meios estarão em prontidão, que a
todos a informação estará onipresente e o campo de batalha será em todo o
lugar. Significa que todas as armas e tecnologia serão superpostas, as
fronteiras entre os dois mundos, guerra e não guerra,militar e não militar,
serão totalmente eliminadas.
"As operações psicológicas podem se tornar
uma arma operacional e estratégica dominante assumindo a forma de intervenção
midiática/informativa (...) O principal alvo a atacar será o apoio da população
do oponente ao próprio governo. As notícias televisionadas se tornarão uma arma
operacional mais poderosa do que as divisões armadas.” (William Lind)
O mundo vive, portanto, uma fase de Guerra Política
Permanente: sem frente de batalha e sem regras de engajamento.
2. CONJUNTURA ATUAL
DO BRASIL.
Deve-se ter a
percepção que um Estado só desenvolverá uma atividade híbrida contra o Brasil,
com o objetivo de desestabilizar o governo, se o nosso país estiver
realizando ações e atos hostis ou contrariando seus interesses.
O Brasil tem
interesses globais na política, nas relações internacionais, e no comércio exterior, que pode ser visto por alguns
Estados como uma ameaça ao controle geoestratégico do mundo.
O Brasil consegue
exercer Poder no campo político e econômico como ator global.
A política
energética, a produção petrolífera, o acúmulo de minerais, o comércio do
agronegócio, as reservas de terra agricultável, o estoque de água para plantio
e uso doméstico, e as questões ambientais, por sua vez, incomodam outros
Estados, principalmente os da União Europeia.
3.SITUAÇÃO
DA PAZ RELATIVA VIVIDA PELO BRASIL.
Está acontecendo um “Conflito na Zona Cinza”, caracterizado por
uma intensa competição política, econômica, informacional, mais acirrada que a
diplomacia tradicional, porém
inferior à guerra convencional realizada por Estados que tiveram seus
interesses desafiados pelo Brasil, é Guerra Política Permanente.
Segundo André Luís Woloszyn, Analista de Assuntos
Estratégicos, o Brasil,
está sob Ataque da Guerra Psicológica: “Já não bastasse a
radicalização política e ideológica, o país vem sofrendo constantes ataques de
factoides criados como estratégia
para intimidar e causar pânico em segmentos específicos da sociedade,
notadamente, parlamentares e autoridades de alto escalão do governo,
superdimensionados, pela ampla exposição na mídia nacional”.[3]
Nesse entendimento basta observar:
- Um grupo de pessoas e a imprensa cooptada não consegue
suportar o sucesso político da direita liberal no Brasil, e gastam tempo e
energia para denegrir, manchar a honra de quem foi o condutor da vitória
política em outubro de 2018;
-uma campanha midiática, planificada e
constante no campo externo e interno visando desacreditar, desmoralizar, as
autoridades, os políticos ligados da situação e ao próprio Presidente da
República, com a intenção de desestabilizar o governo;
- ataque ao Presidentedo
Brasil (Time October5/Octuber12,2020 – Pág.57, com as “Cem Personalidades
Mais Influentes do Mundo);
- em carta
aberta enviada ao vice-presidente, Hamilton Mourão, um grupo de oito países
europeus fez um apelo para que o Brasil tome “ações reais”
para combater o crescente desmatamento da floresta amazônica, que ameaça o
desejo europeu de ter fontes sustentáveis de alimentos e outros produtos;
- sete grandes empresas de investimento europeias
disseram à agência de notícias Reuters que vão deixar de investir em
produtores de carne, operadoras de grãos e até em títulos do governo do Brasil
se não virem progresso rumo a uma solução para a destruição crescente da floresta
amazônica.[4]Trata-se de Ameaças de Globalistas,
uma configuração atual do comunismo?;
- manifestações do Presidente da França e da Chefe de Governo da Alemanha com
relação a decisões políticas internas do governo Bolsonaro, usando como
justificativa para ações de defesa de interesses políticos e econômicos de seus
Estados a retórica da problemática ambiental;
- invasão por manifestantes da embaixada brasileira em Berlim e Londres e vandalismo em suas
instalações;
- denúncias nos
órgãos multilaterais (ONU, OEA), dirigidos por reconhecidos socialistas e
provocadas pela esquerda brasileira, denegrindo
autoridades, propostas do novo governo, e as atividades do Poder Judiciário;
-articulação na política internacional, como a retomada de uma rotina de
viagens internacionais de políticos e artistas para denegrir o governo
brasileiro
-possibilidade de ações
de agroterrorismo; e
- probabilidade de atentado contra o Presidente
da República.
4.
CONCLUSÃO.
A exacerbada
crítica constante às posturas do atual governo; a orquestração da mídia interna
e externa, sempre desfavorável as ações realizadas; as ameaças absurdas no
campo do comercio internacional;os comentários sem compromisso com a realidade em
relação a política ecológica e o trato com a população indígena brasileira,ao
mesmo tempo em que campanhas bem dirigidas buscam minar o moral nacional da
população, são indícios claros do preparo da opinião
pública nacional e mundial para aceitar a desestabilização de um governo
democraticamente eleito e a tomada do poder no Brasil por grupos derrotados
em 2018, e mais que contextualização política interna do país, são do agrado e atendem a interesses de parcela de líderes políticos europeus.
[1] Carlos Alberto Pinto Silva / General de
Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando
Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e
da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do
CEBRES.
[2]PEIXOTO, Fernando César Borges. Quando a Democracia pode ser a ditadura da maioria contra
a minoria, o Brasil ainda consegue fazer pior. Ou: Sobre a Democracia II. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862,
Teresina, ano 21, n. 4646, 21 mar. 2016. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/47449.
Acesso em: 29 ago. 2020.
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