segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Maduro deseja rápida recuperação a Trump e espera que Covid-19 o torne "mais humano"

No mesmo discurso, Maduro disse ainda que seu filho irá participar dos testes da vacina russa Sputnik V

Trump está internado desde sexta-feira no hospital militar Walter Reed, em Bethesda, no Estado de Maryland

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em um discurso televisionado no país neste domingo que deseja uma rápida recuperação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, internado com Covid-19. Maduro disse ainda que espera que a doença faça Trump ser "mais humano".
"Expressamos nossa solidariedade humana com Trump e queremos que ele recupere sua saúde e vida. Esperançosamente, tudo isso o levará a ser mais reflexivo, mais humano (...) para compreender os povos do mundo", disse o presidente venezuelano.
Trump está internado desde sexta-feira no hospital militar Walter Reed, em Bethesda, no Estado de Maryland. Mais cedo no domingo, ele saiu do centro médico por alguns minutos em um comboio para acenar a apoiadores que estavam do lado de fora. As últimas informações por parte de sua equipe médica são de que o presidente americano teve uma queda nos níveis de oxigênio, mas segue com sintomas leves e pode ter alta já na segunda-feira.
No mesmo discurso, Maduro disse ainda que seu filho, Nicolás Ernesto Maduro Guerra, irá participar dos testes da vacina russa Sputnik V que serão realizados na Venezuela. O governo venezuelano anunciou que um primeiro lote da Sputnik V chegou ao país na sexta-feira e está previsto que 2 mil pessoas participem dos ensaios.

Relações diplomáticas

O presidente dos Estados Unidos não reconhece a legitimidade do governo de Maduro, a quem considera um ditador, e já afirmou que seu governo está aberto a várias opções para acabar com a chamada Revolução Bolivariana, no poder desde 1999. Trump reconhece como presidente interino da Venezuela o opositor Juan Guaidó, a quem recebeu na Casa Branca em fevereiro deste ano.
Já Maduro responsabilizou Trump pela crise econômica que atravessa a Venezuela, que segundo ele seria gerada pelas inúmeras sanções impostas ao seu governo pelo Executivo norte-americano.
Agência Estado e Correio do Povo

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