Celso de Mello é homenageado em última sessão de colegiado do STF

 Ministro está na Corte desde 1989, ao ser nomeado pelo então presidente José Sarney e se aposentará no dia 13 de outubro

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), participou nesta terça-feira da última sessão na Segunda Turma da Corte. Na próxima terça-feira, o ministro vai se aposentar. Mello está no STF desde 1989, ao ser nomeado pelo então presidente José Sarney.

O ministro, que tinha aposentadoria compulsória prevista para 1º de novembro, ao completar 75 anos, idade máxima para manutenção de servidores públicos na ativa, decidiu antecipar a saída para a semana que vem. Mello ainda deve participar de duas sessões do plenário do Supremo, nesta semana.

Ao final da sessão da Segunda Turma, Celso de Mello recebeu homenagens dos integrantes do colegiado. Para o ministro Gilmar Mendes, Mello dedicou a carreira para defender a democracia e deixa legado que “vai iluminar gerações, não apenas pelas suas contribuições para o direito, mas sobretudo pelo primor ético, cortês e agregador da sua atuação”.

Edson Fachin elogiou a postura de Celso de Mello como juiz e disse que o ministro deixa contribuição notável para a Corte. “Vamos guardar as lições dos votos de Vossa Excelência, guardar o comportamento exemplar de magistrado”.

Ricardo Lewandowski destacou o papel importante do ministro para o país. “Nos 15 anos que tive o privilégio de acompanhar Sua Excelência, o ministro Celso de Mello conquistou sabedoria, mas soube usá-la em prol do avanço civilizatório da nação brasileira”, afirmou.

A ministra Cármen Lúcia disse que o ministro é um exemplo de como os magistrados devem atuar. “Muito obrigado por repartir conosco essa tão grande densidade humana”, pontuou.

Celso de Mello agradeceu a homenagem e disse que ficou emocionado com as palavras dos colegas de Segunda Turma.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro indicou o desembargador Kassio Marques para a vaga de Celso de Mello. Antes de tomar posse, Kassio deve ser aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça do Senado e pelo plenário da Casa. A sabatina ocorre em 21 de outubro.

Agência Brasil e Correio do Povo