quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Brasil cria 249 mil empregos formais em agosto, mas saldo do ano é negativo

por Bernardo Caram
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Embora resultado mostre gradual recuperação, primeiros oito meses do ano acumulam fechamento de 849 mil vagas
mercado de trabalho no Brasil criou 249 mil vagas de emprego com carteira assinada em agosto. O saldo acumulado no ano, porém, ainda é negativo em 849 mil.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apresentados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério da Economia, mostram que o país teve 1,239 milhão de contratações formais e 990 mil desligamentos em agosto.
O mercado de trabalho sofreu um tombo com a crise provocada pelo novo coronavírus. Os efeitos foram sentidos a partir de março, quando foi decretada a pandemia e políticas de isolamento fecharam comércios e empresas nas cidades.
Abril teve o pior saldo da crise sanitária, com menos 934 mil vagas. Depois, os números seguiram negativos, com menor intensidade, em maio (-359 mil) e junho (-22 mil).
No mês de julho, o dado voltou para o azul, com 141 mil novas vagas. A evolução dos dados até agosto mostra, portanto, uma gradativa melhora no mercado formal.
"A grande novidade é que o Brasil realmente está voltando em ‘V’. Tivemos criação de empregos em todos os setores da economia, é um movimento generalizado", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Agropecuária, indústria, construção, comércio e serviços registraram saldo positivo em agosto. No acumulado do ano, porém, o dado é negativo para serviços (-489 mil), comércio (-409 mil) e indústria (-107 mil).
"A grande novidade é que o Brasil realmente está voltando em ‘V’. Tivemos criação de empregos em todos os setores da economia, é um movimento generalizado", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Agropecuária, indústria, construção, comércio e serviços registraram saldo positivo em agosto. No acumulado do ano, porém, os efeitos da fase mais aguda da crise fazem o dado permanecer negativo para serviços (-489 mil), comércio (-409 mil) e indústria (-107 mil).
O governo argumenta que programas emergenciais evitaram dados piores de emprego na pandemia. Uma das medidas citadas é a que permitiu a suspensão de contratos e redução de jornadas e salários após acordo entre patrão e trabalhador.
Até o momento, 18,4 milhões de acordos desse tipo foram firmados por aproximadamente 1,4 milhão de empresas. O total de trabalhadores atingidos é de 9,7 milhões —muitos foram impactados por mais de um acordo.
Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que também traz dados do emprego, mas com metodologia e abrangência diferentes.
O Caged mede efetivamente quantos empregos com carteira assinada foram criados ou fechados no mês. O levantamento do IBGE, por sua vez, é uma pesquisa feita nos domicílios que estima o número de pessoas em empregos formais e informais, além de desempregados e desalentados (que gostariam de trabalhar, mas não buscaram emprego).
A pesquisa mostrou que o desemprego bateu recorde no trimestre encerrado em julho, atingindo 13,8%. Isso representa 13,1 milhões de pessoas na fila do emprego.
Em julho, o secretário de Política Econômica do governo, Adolfo Sachsida, disse à Folha que os dados oficiais de emprego não estavam captando a real situação do mercado de trabalho e que os índices de desemprego dariam um “repique grande” em setembro. A avaliação acabou se concretizando.
Com a flexibilização do isolamento no país, muitos trabalhadores voltaram a procurar um emprego e passaram a figurar nas estatísticas oficiais dos desocupados do país. O IBGE só considera desempregado quem está em busca de uma ocupação. Com o isolamento social e o auxílio emergencial, alguns optavam por adiar a procura
Fonte: Folha Online - 30/09/2020 e SOS Consumidor

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