Desembargador assumirá lugar do ministro Celso de Mello, que se aposenta no próximo dia 13 de outubro
O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira a escolha do desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para a vaga que será aberta na Corte com a aposentadoria de Celso de Mello, no próximo dia 13 de outubro.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o Bolsonaro disse que o nome de Marques deve sair no Diário Oficial da União desta sexta-feira e também reiterou que indicará um evangélico para assumir a cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em julho do ano que vem.
"Sai publicado amanhã, por causa da pandemia, o nome do Kassio Marques para a primeira vaga no STF. A segunda vaga será para evangélico. Ele está levando tiro. Qualquer um que eu indicasse levaria tiro. Tinha currículo na minha mesa, mas eu não conhecia. O que é lamentável das dez a gente escolhe uma. O resto começa a acusar o cara", afirmou o presidente.
Bolsonaro já havia comunicado a escolha de Marques aos ministros do Supremo Gilmar Mendes e Dias Toffoli, na noite de terça-feira, em um encontro na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O nome agradou a políticos do Centrão, que querem enfraquecer a Lava Jato, e à ala do Supremo que faz restrições a investigações conduzidas pela força-tarefa. Gilmar e Toffoli fazem parte deste grupo.
Uma vez oficializada a indicação de Marques, ele ainda deverá passar por sabatina no Senado. Para ser aprovado e assumir a vaga no STF, o desembargador precisará ser aprovado pela maioria dos 81 senadores, em votação secreta.
Apesar de agradar ao Centrão, Marques passou a ser "fritado" por militantes bolsonaristas desde ontem, quando a escolha do presidente foi divulgada. Mensagens que circularam pelo WhatsApp e em plataformas como Twitter e Facebook lembravam que o desembargador foi indicado para o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Citava, ainda, sua ligação com o governador do Piauí, Wellington Dias, também do PT.
Agência Estado e Correio do Povo
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