Estudo cita três cenários de concessão para sanar os impasses
A Prefeitura de Porto Alegre recebeu, nesta quarta-feira, os resultados de estudos desenvolvidos em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nas áreas de água e esgoto sanitário. O relatório aponta a necessidade de que se invistam cerca de R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 1,35 bilhão destinados à universalização do esgoto e mais R$ 950 milhões para qualificar o serviço de água. A partir desse diagnóstico, a prefeitura analisa os cenários apresentados pelo BNDES para chegar a esse objetivo.
De acordo com o levantamento, a capital conta com uma rede coletora de 1.992 quilômetros, com 90% dos moradores assistidos pelo serviço de coleta. Ainda assim, 44% do esgoto ainda não é tratado. Já no que se refere à água, o diagnóstico revela perda global de 40% por questões que envolvem perdas comerciais e falhas na distribuição.
O estudo cita três cenários para sanar os impasses: a concessão plena de ambos os serviços, a concessão parcial da água e plena do esgoto, e a concessão apenas dos serviços de esgotamento sanitário. Com base em parâmetros técnicos, a prefeitura projeta definir, ainda em 2020, a melhor modelagem e lançar uma Consulta Pública.
De acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento, todas as cidades brasileiras terão prazo até 2033 para oferecer coleta e tratamento de esgoto a 90% da população e água potável a pelo menos 99%. O projeto atualmente em desenvolvimento entre a entidade e a prefeitura vai além desses parâmetros, estabelecendo a obrigatoriedade de coleta e tratamento de esgoto para 95% da cidade e a água potável para 100% da população.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
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