Biografia
Augusto Machado nasceu em 27 de Dezembro de 1845, em Lisboa.[1]
Os seus estudos musicais iniciais decorreram em Lisboa com Joaquim Casimiro, Emílio Daddi e João Guilherme Daddi. Seguiu mais tarde para uma primeira temporada em Paris em que estudou com Lavignac e Dannhauser mais tarde.[2]
Na segunda passagem pela capital francesa Augusto Machado conheceu Camille Saint-Saëns e Jules Massenet, que influenciaram o seu trabalho, designadamente na ópera Lauriane que estreou em 1883 no Grand Théâtre de Marseille registando-se ainda apresentações em Lisboa, no Teatro de São Carlos e no Teatro Lírico do Rio de Janeiro.[2][3]
Augusto Machado pertenceu ao círculo de Batalha Reis e Eça de Queiroz, acreditando-se que tenha servido de modelo a uma personagem no livro Os Maias, a do músico Vitorino Cruges.[2]
Foi Director do Teatro Nacional de São Carlos, e desenvolveu intensa actividade ligada ao ensino, como professor de canto na Escola de Música do Conservatório Nacional.[3]
Augusto Machado morreu em 26 de Março de 1924, em Lisboa.[1]
Parte do espólio musical de Augusto Machado foi oferecido, em Julho de 2009, à Biblioteca Nacional de Portugal[3] onde pode ser consultado.[4]
O seu nome consta na lista de colaboradores do periódico Lisboa creche: jornal miniatura [5] (1884).
Obras
Canções
- "Valsa Elisa", para soprano e piano (também conhecida como "Les Amours de Jeunesse"), texto em italiano (1866)
- "Duas Romanzas", com texto em português (1867/1868)
Operetas
- O Sol da Navarra, ópera burlesca; texto de Alfredo Ataíde (1870)[2]
- A Cruz de Ouro, opereta em dois actos (1873)[2]
- O Degelo; texto traduzido por Antero de Quental e Batalha Reis (1875)
- Maria da Fonte (1879)[2]
- O Espadachim do Outeiro[2]
- Rosas de todo o ano; sobre a peça de Júlio Dantas[2]
- A Triste Viuvinha[2]
- O Tição Negro[2]
Óperas
- Lauriane: Grand Opéra em Quatro Actos; libreto de Jean-Jacques Magne e A. Guiou, a partir do romance Les Beaux Messieurs de Bois-Doré de George Sand e Paul Merice (1883)[2]
- I Doria, em quatro actos; libreto de Ghislanzoni (1887)[2]
- Mario Wetter; libreto de Leoncavallo (1898)[2]
- La Borghesina; libreto de Golisciani (1909)[2]
Obras Corais e Corais-Sinfónicas
- Ego Erose, para coro e orquestra (1869?)
- Tantum Ergo, para coro e orquestra (1869)
- Missa, para solistas, coro e orquestra (1869)
Referências
- «Acervo (2013-2014) : Compositores : Augusto Machado». Porto: Casa da Música. Consultado em 30 de maio de 2016
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n Cristina Fernandes (26 de fevereiro de 1999). «Reavaliar Augusto Machado». Serão Albert Lavignac e Adolphe Danhauser?. Jornal Publico. Consultado em 30 de maio de 2016
- ↑ a b c «Doação de parte do Espólio do compositor Augusto Machado à BNP». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 30 de maio de 2016
- ↑ «Espólio Augusto Machado». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 30 de maio de 2016
- ↑ Catálogo BLX. «Lisboa crèche : jornal miniatura oferecido em benefício das creches a sua majestade a Rainha a Senhora Dona Maria Pia, maio de 1884, página 2, ficha técnica – registo bibliográfico.». Consultado em 21 de maio de 2020
- Borba, Tomás; Lopes-Graça, Fernando (1958). Dicionário de música (ilustrado). 2. Lisboa: Kosmos. pp. 155, 156. OCLC 554069156
- Biografia do compositor: Lauriane in breve por Filipe Carvalheiro TNSC 2006
Ligações externas
- «Obras digitalizadas de Augusto Machado». na Biblioteca Nacional de Portugal
- «Espólio Augusto Machado». na Biblioteca Nacional de Portugal
- Augusto de Oliveira Machado no sítio atrium
Wikipédia
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