domingo, 4 de outubro de 2020

Assistencialismo


A política nos dias atuais tem sido agitada pelos anúncios de ampliação dos beneficiários do Bolsa Família, através novas políticas propostas pelo governo atual denominadas Renda Brasil ou Renda Cidadã; nada contra uma reformulação procedente, justa e honesta.
Todavia não podemos esquecer que atualmente são 19,2 milhões de brasileiros atendidos pela Bolsa Família, 10,5 milhões pelo Cadastro Único e 35,7 milhões por meio de site ou aplicativo. Ao todo, são mais de 124,2 milhões de pessoas beneficiadas direta ou indiretamente, levando em conta os contemplados e respectivas famílias, que representa o absurdo de mais de 58% da população brasileira, que perigosamente, em boa parte, estão sendo estimulados à indolência e ao comodismo!!
Creio que o assistencialismo é uma bengala que pode humilhar e excluir cada vez mais aqueles que vivem na miséria completa, necessitando do auxílio para se sustentar, porém não considero como sendo o caminho correto para formar uma sociedade melhor. Sustentar alguém ou dar comida para os que passam fome é um gesto nobre e demonstra senso de amor ao próximo e de caridade, mas não é o gesto ideal. Aqueles que procuram realmente praticar a caridade, ou seja, desperta em si o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem, devem promover um processo de transformação naquele ser que se encontra desanimado, desiludido com a vida, e dar-lhe forças e condições para que ele recupere sua dignidade.
Assim sendo, creio que uma política pública correta do governo seria oferecer aos beneficiários da Bolsa Família uma oportunidade de aprendizado, de formação profissional e de emprego, seja o mais humilde que for, do que apenas uma ajuda monetária, de que ele irá necessitar novamente no próximo mês, perpetuando sua situação de penúria acomodada.
Esta proposta visa ir mais além, pois, após assistido, o necessitado deve ser recuperado para a sociedade porque é de senso que o fundamental é “ensinarmos a pescar e não ficarmos fornecendo o peixe todos os dias”.

Plínio P. Carvalho



Fonte: https://www.facebook.com/story.php?story_fbid=10215724290255059&id=1677131654

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