por Roberto Rachewski
Os socialistas da geração Marx reclamavam do capitalismo porque os capitalistas exploravam os pobres oferecendo-lhes trabalho.
Os socialistas da geração Piketty reclamam do capitalismo porque os capitalistas estão acabando com as ofertas de trabalho, o que prejudicaria os pobres.
Essas reclamações são tão falsas quanto mal intencionadas.
O objetivo dos socialistas ao fazerem reclamações como essas, tem dois propósitos.
Individualmente, para chamarem a atenção da mídia sobre si, apenas para venderem livros ou serem pagos para darem palestras e entrevistas espargindo suas estultices.
Politicamente, para promoverem a estatização dos meios de produção, ambicionando, quem sabe, um cargo pago com salário elevado sem que tenham que produzir valor algum.
A evolução tecnológica, já se sabe e já se viu, não acaba com o trabalho, apenas cria novas formas laborais que produzem cada vez mais valor quanto mais as decisões são deixadas a cargo do mercado.
Inovações não criam apenas produtos para a satisfação dos consumidores, criam também oportunidades através das quais o trabalho individual é transformado em valor em proporção maior do que era produzido antes. A isso se chama de aumento de produtividade.
Desde a revolução industrial, fruto primeiro do capitalismo, os socialistas tiram fotos da sociedade, uma imagem congelada, para ilustrarem suas narrativas. Na Inglaterra do final do século XVIII e início do século XIX, assim como nos Estados Unidos, reclamavam do trabalho infantil.
Pois foi essa revolução industrial que permitiu mais adiante que as crianças não apenas não morressem aos 5 anos, seja de fome ou de doenças, como possibilitou que estudassem o que quisessem até começarem a trabalhar no que lhes interessasse depois dos 18 anos de idade.
Quanto mais livre é uma sociedade, com maior rapidez e com mais frequência, os sonhos laborais dos indivíduos se aproximam do efetivo trabalho pessoal desenvolvido.
A inovação, cada vez mais, cria oportunidades diferentes para que os jovens possam aplicar seus conhecimentos e talentos, sem falar no que podem melhorar a vida e trabalho dos mais velhos.
A inovação também aumenta a produtividade de maneira que se precise despender menos tempo de trabalho para criar e adquirir bens e serviços.
Numa sociedade livre, a prosperidade é ilimitada; só não trabalha quem não quer e quem quer sempre encontrará um lugar que lhe pague um salário justo, condizente com o valor criado.
Se os quase trezentos anos de história não cabem na cabeça dos socialistas para compreenderem como o capitalismo foi bom para a humanidade, que olhem para os anos em que a China adotou o comunismo e depois resolveu seguir no caminho oposto, liberando os mercados e abrindo-se para o mundo.
Nem mesmo um sistema político autocrata conseguiu impedir que a revolução industrial chinesa se tornasse realidade. A China, assim como a Índia e os países que se escondiam atrás da "cortina de ferro" e conquistaram a liberdade, criaram oportunidades para todos saírem da miséria absoluta para uma vida próspera, com pleno emprego.
Há uma verdade que os socialistas se negam a ver porque isso destruiria seus dogmas, onde capital e trabalho são entendidos, não como parte de um jogo de soma zero, mas como um movimento sinérgico capaz de produzir valor onde antes não havia nada, para o benefício de todos os envolvidos.
Socialistas não tratam a economia como um filme. Preferem tirar uma fotografia sobre a qual aplicam filtros que permitirão extrapolarem para criarem suas narrativas, sempre falaciosas, recheadas de sofismas e previsões catastróficas que só poderão ser evitadas, segundo eles, com a intervenção estatal.
Pontocritico.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário