Alto comissário da ONU para refugiados defendeu solução urgente antes do início do verão
AFP e Correio do Povo
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) pediu nesta segunda-feira a aplicação de "urgente" do novo pacto de refúgio da União Europeia (UE), embora tenha lamentado que esteja "focado no retorno" de migrantes em situação irregular.
Apresentado na quarta-feira pela Comissão Europeia, este novo "Pacto Europeu sobre migração" prevê, principalmente, que os países da UE que não querem acolher os solicitantes de refúgio deverão participar da devolução dos migrantes rejeitados a seus Estados de origem.
Esta proposta do executivo europeu deverá ser abordada pelos países-membros em conversas que já são consideradas muito difíceis. "Os próximos meses serão decisivos. Espero que se possa estabelecer um sistema, e sempre poderemos melhorá-lo mais tarde", insistiu o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.
"É urgente. Temos barcos no Mediterrâneo há meses, migrantes rejeitados, a situação dramática das ilhas gregas... A lista é longa. Não podemos esperar: devemos ter um sistema melhor ativado antes do próximo verão, tradicionalmente uma época com mais chegadas", afirmou.
Grandi fez essas declarações em Bruxelas, após ter se reunido com o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell, assim como vários outros comissários. Grandi celebrou "importantes avanços", como o reconhecimento do dever de resgatar no mar, mas se mostrou muito reservado em relação a outros aspectos do novo pacto.
O texto prevê maiores controles nas fronteiras exteriores da UE, para descartar rapidamente os migrantes que tem poucas possibilidades de obter uma proteção internacional.
AFP e Correio do Povo
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