sexta-feira, 18 de setembro de 2020

FBI se preocupa com choques entre grupos violentos nas eleições dos EUA

Agentes de inteligência monitoram de perto grupos que entraram em confronto em protestos



O FBI está cada vez mais preocupado com possíveis confrontos violentos entre grupos extremistas de várias ideologias antes das eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, disse seu diretor, Chris Wray, nesta quinta-feira.
Segundo Wray, o FBI monitora de perto grupos que entraram em confronto em protestos em várias cidades, incluindo Portland, Oregon e Kenosha, Wisconsin. Nesses lugares, grupos antirracistas e antipolícia entraram em confronto com ativistas de direita e nacionalistas brancos, que geralmente estão armados.
Wray disse em uma audiência no Congresso que o FBI está profundamente preocupado com o crescimento das tensões nas ruas dos Estados Unidos e com os grupos que estavam se infiltrando nos protestos para incitar a violência.
"Agora há dois grupos em lados opostos, aumentando a combustibilidade e o perigo da situação", expôs Wray ao Comitê de Segurança Interna da Câmara. "Certamente vimos isso em várias cidades. Isso é um multiplicador de força, de uma maneira ruim, que me preocupa".
Várias pessoas morreram nessas situações. Em agosto, um jovem de 17 anos com ligações com grupos ultraconservadores foi acusado de atirar em duas pessoas que protestavam contra os maus tratos da polícia aos negros em Kenosha.
Em Portland, um ativista alinhado com o movimento esquerdista Antifa matou um apoiador do grupo de extrema direita Patriot Prayer durante um protesto. O homem da Antifa, Michael Reinoehl, foi morto pela polícia dias depois.
Wray disse aos legisladores que, além dos "lobos solitários" que cometem ataques inspirados por grupos jihadistas estrangeiros como o Estado Islâmico, os supremacistas brancos continuam sendo a maior ameaça terrorista nacional. "Dentro do grupo de terrorismo doméstico como um todo, acredito que o extremismo violento com motivação racial é o maior grupo", disse ele ao comitê.
AFP e Correio do Povo

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