sexta-feira, 4 de setembro de 2020

É normal o WhatsApp pedir a confirmação em duas etapas várias vezes?

por Altieres Rohr
Tira-dúvidas também responde perguntas sobre roubo de chip e vazamento de senhas.
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores às quintas-feiras.

Pedido de confirmação em duas etapas no WhatsApp
Todos os dias o WhatsApp está pedindo a confirmação de duas etapas, às vezes mais de uma vez. Devo me preocupar? – Rayssa dos Santos
É normal que o WhatsApp solicite periodicamente a sua senha de confirmação em duas etapas.
Esse comportamento não pode ser ajustado ou modificado e não há um período específico definido para a solicitação da sua senha.
A solicitação do PIN também não é indício de que que haja algum risco para sua conta – é apenas um procedimento normal e periódico.
De acordo com a documentação do WhatsApp, essa solicitação periódica do PIN tem apenas o intuito de lembrá-la do PIN que foi configurado. Portanto, a solicitação não é resultante de qualquer acontecimento ou problema em sua conta.
Contudo, vale a pena esclarecer que a solicitação do PIN é diferente de dois outros eventos relacionados à conta do WhatsApp: 
  1. A solicitação do PIN é diferente do bloqueio por biometria. Esta é uma configuração separada e não tem relação com a confirmação em duas etapas. O bloqueio por biometria pode ser ativado ou desativado na seção "Privacidade" das configurações (ao contrário da confirmação em duas etapas, que é recomendável, o blog não recomenda o uso da função de bloqueio por biometria, porque ele deve ser configurado no seu celular como um todo, não em aplicativos específicos).
  2. Quando criminosos tentam ativar o seu número da conta do WhatsApp em outro aparelho, você receberá um SMS de ativação. Esse SMS deve ser ignorado e o número não deve ser fornecido a ninguém.
Roubo de chip pode dar acesso ao WhatsApp?
Tenho um número de celular e, há tempos, uso WhatsApp normalmente. Porém, devido a uma queda do aparelho, notei que o celular está sem o chip, mas o WhatsApp continua funcionando normalmente e desconfio que alguém próximo tenha tido acesso e esteja monitorando a minha conta. Como posso fazer neste caso? Apenas mudando o número resolve? Consigo localizar este chip furtado? – Bruna Guimarães
Bruna, se o WhatsApp está funcionando no seu celular, isso significa que ele não foi ativado em outro aparelho. Pela regra atual, WhatsApp não pode ser ativado em dois smartphones simultaneamente.
O que pode ser feito para monitorar o WhatsApp é autorizar uma sessão do WhatsApp Web. A configuração do WhatsApp fica no próprio WhatsApp, em um menu específico.
Basta tocar no botão de três pontos e então em "WhatsApp Web". Caso você suspeite de que alguma sessão tenha sido autorizada sem o seu consentimento, desative todas e autorize novamente as que você utiliza.
Como a configuração do WhatsApp Web ocorre dentro do WhatsApp, o roubo do chip não permite que uma pessoa autorize uma sessão do WhatsApp.
A sessão do WhatsApp Web, por sua vez, pode ser autorizada por qualquer pessoa que tenha acesso irrestrito ao seu celular. É essencial configurar uma senha de bloqueio de tela em seu aparelho para evitar que isso ocorra.
Lembre-se que você pode (e deve) proteger a sua conta do WhatsApp ativando a confirmação em duas etapas (entre nas configurações do WhatsApp, toque em "Conta" e então em "Confirmação em duas etapas").
Mesmo que seu chip ou linha sejam roubados, o bloqueio do PIN vai impedir o ladrão de acessar sua conta, ao menos por sete dias.
Sempre que você perceber algum problema com o chip, seja roubo ou problema de funcionamento, procure sua operadora o quanto antes e cadastre seu número em um novo chip. Isso vai desativar o seu chip antigo e resguardar sua linha.
Resumindo:
  • O acesso à sua linha ou chip pode dar acesso à sua conta de WhatsApp, mas isto não dá acesso às suas conversas passadas, apenas aos seus grupos;
  • O acesso ao seu aparelho de smartphone pode ser usado para autorizar uma sessão do WhatsApp Web. Isto, sim, dará acesso a todas as suas conversas, contatos, grupos e mídia recebida;
  • Você deve ativar a confirmação em duas etapas no WhatsApp para evitar perder a conta em caso de roubo de linha ou chip;
  • Você deve configurar uma senha de bloqueio de tela no celular para que bisbilhoteiros não possam autorizar sessões do WhatsApp Web 
CPF é cadastrado no IMEI?
Eu comprei um celular para presente e, no momento da compra, o vendedor cadastrou meu CPF. Acredito eu que meu CPF está vinculado ao número de IMEI deste aparelho.
No caso foi para a minha ex-namorada, então não me preocupei no momento. Mas, agora que não estamos juntos, não sei qual vai ser o destino do aparelho.
Existe a opção de trocar o CPF do número IMEI? – Bruno Arruda
O IMEI do aparelho não tem cadastro ou vínculo com seu CPF. Porém, o IMEI do celular muitas vezes consta da nota fiscal de venda, que é registrada em nome do comprador.
É apenas nesse sentido que o IMEI estaria "associado" ao seu CPF. Seria preciso consultar a nota fiscal para verificar se essa informação realmente consta lá, mas, de um jeito ou de outro, isso não faz muita diferença.
A atividade do smartphone não é associada ao IMEI, mas sim a outros identificadores, como o endereço de IP e o IMSI, que está no chip (não no aparelho) e identifica o assinante (usuário) de um serviço de telefonia ou dados móveis.
Ou seja, desde que o smartphone não seja usado com uma linha ou serviço de internet em seu nome, você não deve ter problemas. No caso de linhas pré-pagas, é bastante fácil consultar o seu CPF e descobrir se há alguma linha irregular.
Um aparelho de celular também pode ficar cadastrado em sua conta Apple ou Google. Para iPhones, que são associados a um ID Apple, confira o documento de ajuda da Apple com instruções atualizadas.
Quando o celular usa o Android, que é associado a uma conta Google, o aparelho deve ser desvinculado no gerenciamento de dispositivos da conta Google.
Fonte: G1 - 03/09/2020 e SOS Consumidor

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